OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

domingo, 23 de janeiro de 2011

ASSEMBLÉIA DOS BISPOS DO REGIONAL NE5 - MARANHÃO


A Assembleia dos Bispos do Regional NE5 – Maranhão - não podia terminar de forma melhor: uma manhã de lazer, num clima descontraído, visitando a cachoeira de Itapecuru, da Diocese de Carolina. Contato com a natureza mais preservada, banho nas águas despejadas com abundância pela cachoeira e conversa rolando. Lá, bem pertinho de nós, dois bem-te-vis defendiam, com unhas e bico, o próprio ninho das “invasões” prepotentes, impertinentes e injustas dos japins. Esta luta tinha tudo a ver com as nossas análises de conjuntura maranhense: poderosos do lugar se empossando de forma irregular, ao longo de muitos anos, da floresta e das terras até (ou sobretudo) indígenas: conseqüente sofrimento do nosso povo. O resultado das duas lutas, dos pássaros da cachoeira e dos pobres (lavradores, indígenas e quilombolas do Maranhão), não o conhecemos, mas as esperanças não são muitas: os ventos sempre sopram em favor dos ricos!
Tudo isso, depois de dois dias e meio de atividades, análises, discussões, propostas, projetos, compromissos e oração. Ficou evidente a pobreza do nosso povo e da nossa Igreja; a necessidade, que ainda temos e não prevemos o “até quando” de ajuda do exterior para suprir às necessidades das nossas Igrejas particulares; a falta de operários para a messe grande e abundante; a urgente necessidade de formação séria dos agentes de pastoral, sejam eles catequistas, coordenadores, padres ou bispos; a unidade entre as Igrejas da nossa Região. Sinais animadores são os novos bispos que começaram a atuar no Maranhão: ventos bons estão se percebendo, graças a Deus.
Nos acolheu com simpatia, cordialidade e generosidade “de primeira” o bispo Dom Frei José Soares Filho, OFMCap e a sua equipe, nos oferecendo do bom e do melhor. Tivemos a oportunidade de agradecer publicamente numa Concelebração, bem freqüentada embora num dia de semana, na Catedral de Carolina. Voltamos para as nossas Dioceses gratos a Deus e com a certeza que todo esforço e sacrifício valeu a pena. A Diocese de Balsas nos espere no próximo mês de janeiro de 2012, do dia 9 ao dia 13.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011



Na madrugada desta segunda-feira, 17, o Bispo de Coroatá (MA), Dom Reinaldo Pünder, faleceu em sua residência oficial. Segundo a nota da diocese, ele tinha câncer no pâncreas, diagnosticado desde 2009.

O bispo faleceu, às 04:15h da manhã, em sua atual residência na Fazenda da Esperançal, disse o bispo coadjutor da diocese de Coroatá, Dom Sebastião Bandeira Coelho.

A presidência do Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão) emitiu uma nota lamentando o falecimento do bispo. “Em nome do Regional Nordeste 5, queremos apresentar à Diocese de Coroatá, na pessoa de Dom Sebastião Bandeira Coelho, nossos sentimentos de solidariedade, ao mesmo tempo em que damos graças a Deus por tudo de bom que foi realizado pela vida e atuação de Dom Reinaldo Pünder”.

O velório ocorre durante todo o dia de hoje, 17, na Catedral de Nossa Senhora da Piedade, em Coroatá. Amanhã, 18, será celebrada a Missa de corpo presente e, em seguida, o sepultamento no claustro da própria igreja.


Biografia

Nascido em Berlim (Alemanha), no dia 12 de janeiro de 1939, Dom Reinaldo Pünder foi ordenado sacerdote em 10 de outubro de 1964, em Roma (Itália). Sua nomeação episcopal aconteceu em 14 de maio de 1978 e a ordenação em 29 de julho de 1978. Dom Reinaldo Pünder foi o 1º bispo diocesano de Coroatá desde 1978.

Como bispo diocesano de Coroatá foi responsável pela Pastoral Vocacional do Regional Nordeste 4 da CNBB (Piauí) e depois Nordeste 5 (Maranhão); responsável pelo Setor Leigos no Regional Nordeste 5; membro da Comissão do Seminário Interdiocesano São Luís; responsável pela Pastoral da Juventude e pela Pastoral da Sobriedade no Regional Nordeste 5.

É de sua autoria o escrito “Kirche-Laie-Welt” (sobre a missão do leigo no mundo), tese de doutorado.

sábado, 1 de janeiro de 2011


MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 44° DIA MUNDIAL DA PAZ
1º DE JANEIRO DE 2011

Liberdade religiosa, caminho para a paz



1. NO INÍCIO DE UM ANO NOVO, desejo fazer chegar a todos e cada um os meus votos: votos de serenidade e prosperidade, mas sobretudo votos de paz. Infelizmente também o ano que encerra as portas esteve marcado pela perseguição, pela discriminação, por terríveis atos de violência e de intolerância religiosa.
Penso, em particular, na amada terra do Iraque, que, no seu caminho para a desejada estabilidade e reconciliação, continua a ser cenário de violências e atentados. Recordo as recentes tribulações da comunidade cristã, e de modo especial o vil ataque contra a catedral siro-católica de «Nossa Senhora do Perpétuo Socorro» em Bagdá, onde, no passado dia 31 de Outubro, foram assassinados dois sacerdotes e mais de cinquenta fiéis, quando se encontravam reunidos para a celebração da Santa Missa. A este ataque seguiram-se outros nos dias sucessivos, inclusive contra casas privadas, gerando medo na comunidade cristã e o desejo, por parte de muitos dos seus membros, de emigrar à procura de melhores condições de vida. Manifesto-lhes a minha solidariedade e a da Igreja inteira, sentimento que ainda recentemente teve uma concreta expressão na Assembleia Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos, a qual encorajou as comunidades católicas no Iraque e em todo o Médio Oriente a viverem a comunhão e continuarem a oferecer um decidido testemunho de fé naquelas terras.
Agradeço vivamente aos governos que se esforçam por aliviar os sofrimentos destes irmãos em humanidade e convido os católicos a orarem pelos seus irmãos na fé que padecem violências e intolerâncias e a serem solidários com eles. Neste contexto, achei particularmente oportuno partilhar com todos vós algumas reflexões sobre a liberdade religiosa, caminho para a paz. De fato, é doloroso constatar que, em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal. Noutras regiões, há formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os crentes e os símbolos religiosos. Os cristãos são, atualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo e do seu apelo sincero para que seja reconhecida a liberdade religiosa. Não se pode aceitar nada disto, porque constitui uma ofensa a Deus e à dignidade humana; além disso, é uma ameaça à segurança e à paz e impede a realização de um desenvolvimento humano autêntico e integral.
De fato, na liberdade religiosa exprime-se a especificidade da pessoa humana, que, por ela, pode orientar a própria vida pessoal e social para Deus, a cuja luz se compreendem plenamente a identidade, o sentido e o fim da pessoa. Negar ou limitar arbitrariamente esta liberdade significa cultivar uma visão redutiva da pessoa humana; obscurecer a função pública da religião significa gerar uma sociedade injusta, porque esta seria desproporcionada à verdadeira natureza da pessoa; isto significa tornar impossível a afirmação de uma paz autêntica e duradoura para toda a família humana.
Por isso, exorto os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente (cf. Mt 22, 37). Este é o sentimento que inspira e guia a Mensagem para o XLIV Dia Mundial da Paz, dedicada ao tema: Liberdade religiosa, caminho para a paz.