OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

CRUZ DA JMJ NA DIOCESE



Levamos a Cruz ao mundo todo:
agradecimento do bispo ao término da visita da Cruz da JMJ

  
Zé Doca, 27 de abril de 2012


        Quando chegou a notícia, da CNBB nacional, que todas a Dioceses do Brasil receberiam a visita da Cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e do Ícone de Nossa Senhora, ficamos incrédulos e quase apavorados. Mas a alegria venceu todo medo e espanto.
        No primeiro encontro com os padres, Religiosos/as e coordenadores das Pastorais diocesanas (Conselho Diocesano de Pastoral), não apenas nos alegramos com a notícia, mas resolvemos, com coragem, de levar a Cruz em todas as Paróquias da Diocese, nem que fosse por algumas horas apenas. Todos concordaram e iniciamos os preparativos. Roteiro, programas, camisetas, cartazes, oração própria...
        Além de uma equipe central entregue aos jovens sob a coordenação do Pe. Alvelino, toda paróquia se organizou num programa que representasse a cara das comunidades, dos problemas e das necessidades de cada paróquia.
        A idéia deu certo. Vimos multidões chegando de todos os cantos dos nossos interiores e das cidades mesmas; jovens em particular mostraram a cara deles e dizendo, em alto e bom som, com palavras, cantos, cartazes e gestos que na Igreja eles têm um lugar e que querem levar a serio a fé que receberam; que estão cansados de viver uma vidinha insossa: ao final querem assumir os compromissos do seu ser cristãos. Mas, ao lado dos jovens, vimos pessoas sedentas de fé viva, desejosas de agradecer e precisando receber: os gestos podem até parecer simples e populares demais, como beijos, caricias, fitar para a imagem com olhar fixo de quem quer dizer e quer alcançar, lágrimas saindo e escorrendo... mas o que interessa é a fé.
        A peregrinação foi ininterrupta, aproveitando as horas do dia e da noite. Maravilhou presenciar, bem nas horas da alta madrugada, a chegada da Cruz em Araguanã, em Maracaçumé e em Carutapera com a presença maciça do povo, desde crianças até idosos, puxados pelos cantos dos jovens e do trio elétrico, na maior festa e alegria. Dá para imaginar a quantidade e a festa nas outras paróquias que receberam a Cruz durante as horas do dia. Não podemos excluir nenhuma paróquia ou comunidade, aliás elas queriam ainda mais.  Nem falamos do cansaço, do suor, dos tropeços e caídas, da alimentação sempre levada ao essencial, da cobrinha que assusta a todos levantando gritos, da chuva que refresca, mas também ensopa os hábitos... Tudo está na conta, se ouve dizer.

        Foi assim a nossa peregrinação e a nossa festa da Cruz.Todo mundo está avisado: nunca mais acontecerá, nas nossas regiões, a visita da mesma Cruz que, para nós, indica que Cristo é nosso Rei, único e universal nas terras de Zé Doca. Outros países, muitos, na realidade e espalhados pelo mundo afora em todos os continentes, estão esperando e aguardando.

        Para Zé Doca foi graça grande, verdadeira e privilégio mesmo: um dom de Deus. Agora é só aproveitar. E também refletir:

- as multidões nos dizem que o bem está muito presente no meio do nosso povo; aparece, no mundo, mais a presença do bem do que do mal: infelizmente o mal faz mais barulho e aparece em todos os meios de comunicação, enquanto o bem fica escondido, não propagandeado e ninguém ouve a sua voz. Precisaria inverter as posições;

- os jovens estão à espera de um sinal para se apresentar, para ser protagonistas do seu futuro inclusive religioso; eles têm capacidades imensas, boa vontade e forças de sobra; propondo coisas grandes que mereçam empenho eles estão prontos para “explodir”;

- as nossas celebrações devem ser, quando mais possível, concretas e verdadeiras; os gestos falam mais pelo que significam: se usados com prudência podem se o estopim de conversões, de retornos à fé, de verdadeiras conversões. Por isso o gesto do Beato João Paulo II ao entregar a Cruz aos jovens, disse: “confio a vocês o símbolo deste ano jubilar: a Cruz de Cristo. Levem-na ao mundo todo como sinal do amor do Senhor Jesus para a humanidade e anunciai a todos que somente em Cristo morto e ressuscitado há a salvação e a redenção” (ano de 1984);

- grandes protagonistas destas três jornadas da visita da Cruz nas nossas terras de Zé Doca foram os Padres, os Religiosos e as Religiosa, junto com os animadores. Quero expressar o sentimento que fala alto no meu coração ao encerrar esta visita: obrigado, obrigado, obrigado. Vocês foram agentes extremamente atentos às necessidades do povo que acompanhou a Cruz. Cada um, na sua paróquia ou comunidade, soube organizar, segundo a fisionomia social e religiosa da sua paróquia, orações, cantos e reflexões. Confesso sinceramente: sou orgulhoso de vocês e, mais uma vez vos agradeço. Trabalhando juntos e de acordo acontecem coisas grandes.

        Peço a Deus que todos saibamos guardar no coração as imagens desta visita da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora e os frutos sejam abundantes para nós e para o nosso povo.
Com muita consideração

+ Carlo Ellena
Bispo Diocesano 

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