OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014


Curso à distância sobre a CF 2014 tem novas turmas

O Curso à distância sobre a Campanha da Fraternidade 2014 está com inscrições abertas para novas turmas. Este ano, a campanha tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). O curso é uma novidade e conta com a supervisão da equipe executiva da CF da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).


Os participantes terão acesso às informações das práticas de tráfico humano em suas várias formas, bem como reflexão bíblico-teológica, indicações sobre o enfrentamento e canais de denúncia de situações de tráfico. De acordo com o secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias, o objetivo do curso é “oferecer uma nova modalidade de capacitação sobre os conteúdos da Campanha da Fraternidade e, assim, contribuir com a formação que ocorre nos regionais e em várias dioceses do Brasil”.
Módulos
O curso é oferecido em quatro módulos, com total de 40 horas e duração de 40 dias. Abordará especificamente o Texto Base da CF 2014, focado no método: ver, julgar e agir. As unidades do curso são: 1-) O tráfico humano no contexto da globalização, com foco na mobilidade e trabalho, e as formas de enfrentamento ao tráfico humano, 2-) A iluminação no Antigo e Novo Testamento, 3-) Propostas para o enfrentamento do tráfico humano e canais de denúncia e 4-) Histórico e sentido da Campanha da Fraternidade no Brasil.
Durante o curso, os alunos entenderão as condições de denúncias e aprenderão como agir concretamente nos casos de tráfico humano. “A CNBB tem buscado meios para cumprir a missão de capacitar os agentes que atuam nas pastorais para que estejam cada vez mais preparados”, destaca padre Luiz Dias.
As inscrições para o curso podem ser feitas pelo site: www.solarconsultoria.com
 Informações: (61) 3364.2097

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014


DIOCESE DE ZÉ DOCA
Dom Carlo Ellena – bispo

CONSELHO DIOCESANO DE PASTORAL
Gov. Nunes Freire, 22 de fevereiro de 2014

Prezados Padres,
Coordenadores de Pastoral Paroquial,
Religiosos/as, animadores/as das diversas pastorais paroquiais
(total: 5 pessoa de cada Paróquia)

O tempo passo, o nosso Papa Francisco, através da Nunciatura Apostólica no Brasil, não nos dá algum sinal e nós não podemos ficar de braços cruzados na espera do próximo bem-vindo Bispo Diocesano da nossa Diocese. Precisamos cumprir com o nosso Plano e ter um programa de “mínima” para os próximos meses, para não perder tempo e levar em frente a nossa Pastoral.
Por isso, depois de ter conversado com o Vigário Geral e o Coordenador Diocesano da Pastoral, chegou-se a esta iniciativas que anunciamos.
No dia 22 de fevereiro de 2014 está programado um Conselho Diocesano de Pastoral no salão da Paróquia de Governador Nunes Freire, iniciando às 08,30 horas da manhã e terminando com o almoço.

Pauta proposta
1. Resultado da avaliação da Assembleia Diocesana de Pastoral
2. Retiro espiritual do Clero
3. Crismas e Sacramentos no ano de 2013
4. Dia, lugar e hora da Celebração dos SS. Óleos
5. Pesquisas pedidas pelo Vaticano (e lembradas na Ass. de Pastoral em novembro): Batismos e Casamentos; “Família” em vista do Sínodo dos Bispos em Roma no próximo mês de outubro
6. Plano individual de saúde
7. Campanhas e Dízimo: atualização aos 31 de dezembro de 2013
8. CF- 2014: cartilhas e envelopes
9. .... outros
Conto com a presença de todos
Atenciosamente

+ Dom Carlo Ellena
bispo


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014


Deus chora, porque é um pai que ama e espera sempre os seus filhos – Papa na missa desta terça-feira

Também Deus chora e o seu choro é como aquele de um pai que ama e espera sempre os seus filhos mesmo que sejam rebeldes – esta a principal mensagem da homilia do Papa Francisco nesta terça-feira em Santa Marta. As leituras do dia apresentam as figuras de dois pais: o rei David que chora a morte de seu filho Absalão e Jairo, chefe da Sinagoga, que pede a Jesus para lhe curar a filha. O exército do rei David mata Absalão e David perde o seu filho que se tinha rebelado contra si. O rei não se interessa pela vitória mas sim pelo seu filho Absalão e sofre e chora por ele:
“Dizia ele: ‘Meu filho, Absalão. Meu filho! Fosse morto eu em vez de ti! Absalão, meu filho!’ Este é o coração de um pai que nunca renega o seu filho. ‘É um rebelde, é um inimigo, mas é meu filho!’ E não renega a paternidade: chora...Duas vezes chorou David por um filho: esta e a outra quando estava para morrer o filho do adultério. Mesmo naquela vez fez jejum, penitência para salvar a vida do filho. Era pai!”

O outro pai é Jairo o chefe da Sinagoga, uma pessoa importante – afirma o Papa Francisco – que perante a doença da filha não tem vergonha de atirar-se aos pés de Jesus, implorando a sua ajuda. No episódio que nos é relatado no capítulo V do Evangelho de S. Marcos, Jairo não pensa ao que os outros possam dizer dele. Ele é pai e isso é o mais importante. David e Jairo são dois exemplos de paternidade - como nos refere o Santo Padre – e que nos fazem pensar no amor de Deus por nós:

“Para eles o que é mais importante é o filho ou a filha! A única coisa importante! Faz-nos pensar na primeira coisa que nós dizemos a Deus no Credo: ‘Creio em Deus Pai...’ Faz-nos pensar na paternidade de Deus. Mas Deus é assim. Deus é assim connosco! ‘Mas Padre Deus não chora!’ Quem disse que não? Recordemos Jesus, quando chorou olhando Jerusalém: ‘Jerusalém, quantas vezes quis recolher os teus filhos, como a galinha recolhe os seus pintainhos sob as suas asas.’ Deus chora! Jesus chorou por nós! E aquele choro de Jesus é mesmo a figura do choro do Pai, que nos quer a todos consigo.” (RS)


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Um homem de governo não instrumentaliza Deus e o seu povo – o Papa na missa em Santa Marta








Não usar Deus e o povo nos momentos de dificuldade - esta a principal conclusão da homilia do Papa Francisco nesta manhã de segunda-feira em Santa Marta. Comentando o episódio da traição de Absalão ao seu pai, rei David, narradas no Segundo Livro de Samuel, o Santo Padre lança a sua atenção sobre as atitudes de David. A primeira atitude é a de não usar Deus nem o seu povo para se defender:
“David, esta é a primeira atitude, para defender-se não usa Deus nem o seu povo e isto significa o amor de um rei pelo seu Deus e o seu povo. Um rei pecador – conhecemos a história – mas um rei também com este amor tão grande: era tão ligado ao seu Deus e tão ligado ao seu povo e não usa para defender-se nem Deus nem o povo. Nos momentos difíceis da vida acontece que, se calhar, no desespero uma pessoa tente defender-se como pode e também usar Deus e a gente. Ele não, a primeira atitude é essa: não usar Deus e o seu povo.”
O rei David na situação difícil em que se encontrava, em que o seu próprio povo o tinha rejeitado e apoiado Absalão, sobe a montanha a chorar, descalço e com o rosto coberto. Acompanham-no alguns dos seus apoiantes. O rei David chora e revela uma segunda atitude: a penitência.
“Esta subida ao monte faz-nos pensar àquela outra subida de Jesus, também Ele em sofrimento, com os pés descalços, com a sua Cruz subia o monte. Esta atitude penitencial. David aceita estar de luto e chora. Nós, quando nos acontece algo parecido na nossa vida sempre tentamos justificarmo-nos – é um instinto que temos. David não se justifica, é realista, tenta salvar a arca de Deus, o seu povo e faz penitência por aquele caminho. É um grande: um grande pecador e um grande santo. Como vão juntas estas duas coisas ... Deus lá sabe.”
No caminho percorrido por David aparece um outro personagem que é Chimei que atira pedras contra ele e todos os seus servos considerando-o inimigo. Mas o rei David não escolhe o caminho da vingança mas confia no Senhor. E esta confiança em Deus é a terceira atitude que apresenta o Papa Francisco: confiar em Deus não procurando fazer justiça pelas suas próprias mãos. O Santo Padre considerou, assim, ser belo verificar estas três atitudes do rei David como ensinamentos para a nossa vida:
“É belo ouvir isto e ver estas três atitudes: um homem que ama Deus, ama o seu povo e não o negoceia, um homem que se sabe pecador e faz penitência; um homem que é seguro do seu Deus e confia n’Ele. David é santo e nós veneramo-lo como santo. Peçamos-lhe que nos ensine estas atitudes nos momentos difíceis da vida.” (RS)

Fonte: Radio Vaticana 







SE PERDEMOS O SENTIDO DO PECADO, O MAIOR DOS PECADOS PARECE PEQUENO – PAPA NA MISSA EM SANTA MARTA


O sentido do pecado – este o tema da homilia do Papa Francisco na missa em Santa Marta nesta sexta-feira. Quando Deus está menos presente na nossa vida aparece a ‘mediocridade cristã’. Assim, um pecado grave como o adultério parece algo pouco importante. Tal como nos é narrado pelo Primeiro Livro de Samuel, David apaixona-se por Betsabé, mulher de Urias, um seu general, fica com ela e envia o marido para a frente de batalha onde este vem a falecer. David comete um grande pecado mas não o sente como tal – afirmou o Papa Francisco que colocou em relevo o facto de a David não lhe ter ocorrido pedir perdão pelo pecado de adultério mas sim a questão: como resolvo isto?
 

“A todos nós pode acontecer esta coisa. Todos somos pecadores e todos somos tentados e as tentações é o pão nosso de cada dia. Se algum de nós dissesse: ‘Mas eu nunca tive tentações, ou és um anjo ou és um tolo! Percebe-se...É normal na vida a luta e o diabo não está tranquilo, ele quer a sua vitória. Mas o problema – o problema mais grave nesta passagem – não é tanto a tentação e o pecado contra o nono mandamento, mas é como age David. E David aqui não fala de pecado mas de um problema que tem que resolver. E isto é um sinal! Quando o Reino de Deus está menos presente, quando o Reino de Deus diminui, um dos sinais é que se perde o sentido do pecado.”
O poder do homem, no lugar da glória de Deus! Este é o pão de cada dia. Por isto a oração de todos os dias a Deus ’Venha o teu Reino, cresça o Reino’ porque a salvação não virá das nossas espertezas, das nossas astúcias, da nossa inteligência de fazer negócios. A salvação virá da graça de Deus e do treino quotidiano que nós fazemos desta graça na vida cristã.”
 

“O maior pecado de hoje é que os homens perderam o sentido do pecado” – afirmou o Papa Francisco recordando a frase do Papa Pio XII e logo voltou o seu olhar para Urias, o homem inocente mandado para morrer na frente de batalha pelo seu rei. Segundo o Santo Padre, Urias é como que, o emblema de todas as vítimas da nossa inconfessada soberba:
 

“Eu confesso-vos que quando vejo estas injustiças, esta soberba humana, mesmo quando vejo o perigo que a mim próprio possa suceder isto, o perigo de perder o sentido do pecado, faz-me bem pensar aos tantos Urias da história, aos tantos Urias que mesmo hoje sofrem a nossa mediocridade cristã, quando nós perdemos o sentido do pecado, quando nós deixamos que o Reino de Deus caia... Estes são os mártires dos nossos pecados não reconhecidos. Vai-nos fazer bem hoje rezar por nós, para que o Senhor nos dê sempre a graça de não perder o sentido do pecado, para que o Reino não baixe em nós. Mesmo levar uma flor espiritual ao túmulo destes Urias contemporâneos, que pagam a conta do banquete dos seguros, daqueles cristãos que se sentem seguros.” (RS)


sábado, 1 de fevereiro de 2014


CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2014

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Nesta terceira catequese sobre os Sacramentos, meditemos sobre a Confirmação ou Crisma, que deve ser entendida em continuidade com o Baptismo, ao qual ela está vinculada de modo inseparável. Estes dois Sacramentos, juntamente com a Eucaristia, formam um único acontecimento salvífico, que se denomina «iniciação cristã», no qual somos inseridos em Jesus Cristo morto e ressuscitado, tornando-nos novas criaturas e membros da Igreja. Eis por que motivo, na origem destes três Sacramentos, eram celebrados num único momento, no final do caminho catecumenal, normalmente na Vigília pascal. Era assim que se selava o percurso de formação e de inserção gradual no seio da comunidade cristã, que podia durar até alguns anos. Procedia-se passo a passo para chegar ao Baptismo, depois à Crisma e enfim à Eucaristia.
Em geral, fala-se de Sacramento da «Crisma», palavra que significa «unção». E com efeito através do óleo, chamado «Crisma sagrado», nós somos confirmados no poder do Espírito, em Jesus Cristo, o Único verdadeiro «Ungido», o «Messias», o Santo de Deus. Além disso, o termo «Confirmação» recorda-nos que este Sacramento contribui com um aumento da graça baptismal: une-nos mais solidamente a Cristo; leva a cumprimento o nosso vínculo com a Igreja; infunde em nós uma especial força do Espírito Santo para difundir e defender a fé, para confessar o nome de Cristo e para nunca nos envergonharmos da sua Cruz (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1.303).
Por isso, é importante prestar atenção a fim de que as nossas crianças, os nossos jovens recebam este Sacramento. Todos nós prestamos atenção para que eles sejam baptizados, e isto é bom, mas talvez não nos preocupemos muito a fim de que recebam a Crisma. Deste modo, eles permanecerão a meio caminho e não receberão o Espírito Santo, que é muito importante na vida cristã, porque nos concede a força para ir em frente. Pensemos um pouco nisto, cada um de nós: preocupamo-nos verdadeiramente para que as nossas crianças, os nossos jovens recebam a Crisma! Isto é importante, é importante! E se vós, em casa, tendes crianças e jovens que ainda não a receberam, e que já estão na idade de a receber, fazei todo o possível para que levem a cumprimento a iniciação cristã e recebam a força do Espírito Santo. É importante!
Naturalmente, é necessário oferecer aos crismandos uma boa preparação, que deve ter em vista levá-los a uma adesão pessoal à fé em Cristo e despertar neles o sentido da pertença à Igreja.
Como cada Sacramento, a Confirmação não é obra dos homens mas de Deus, que cuida da nossa vida, de maneira a plasmar-nos à imagem do seu Filho, para nos tornar capazes de amar como Ele. E fá-lo infundindo em nós o seu Espírito Santo, cuja acção permeia cada pessoa e a vida inteira, como transparece dos sete dons que a Tradição, à luz da Sagrada Escritura, sempre evidenciou. Eis os sete dons: não quero perguntar-vos se vos recordais quais são os sete dons. Talvez todos vós saibais... Mas cito-os em vosso nome. Quais são estes dons? A Sabedoria, a Inteligência, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor de Deus. E estes dons são concedidos precisamente através do Espírito Santo no Sacramento da Confirmação. Além disso, a estes dons tenciono dedicar as catequeses que se seguirão às reservadas aos Sacramentos.
Quando acolhemos o Espírito Santo no nosso coração e deixamos que Ele aja, é o próprio Cristo que se torna presente em nós e adquire forma na nossa vida; através de nós será Ele, o próprio Cristo, que rezará, perdoará, infundirá esperança e consolação, servirá os irmãos, estará próximo dos necessitados e dos últimos, que criará comunhão e semeará paz. Pensai como isto é importante: mediante o Espírito Santo, é o próprio Cristo que vem para fazer tudo isto no meio de nós e por nós. Por isso, é importante que as crianças e os jovens recebam o Sacramento da Crisma.
Estimados irmãos e irmãs, recordemo-nos que recebemos a Confirmação. Todos nós! Recordemo-lo antes de tudo para dar graças ao Senhor por esta dádiva, e além disso para lhe pedir que nos ajude a viver como cristãos autênticos e a caminhar sempre com alegria segundo o Espírito Santo que nos foi concedido.




CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO
Praça de São Pedro
Quarta-feira, 22 de Janeiro de 2014




Caros irmãos e irmãs, bom dia!
No sábado passado teve início a Semana de oração pela unidade dos cristãos, que se encerrará no próximo sábado, festa da Conversão do apóstolo são Paulo. Esta iniciativa espiritual, mais preciosa do que nunca, envolve as comunidades cristãs há mais de cem anos. Trata-se de um tempo dedicado à oração pela unidade de todos os baptizados, segundo a vontade de Cristo: «Para que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Cada ano, um grupo ecuménico de uma região do mundo, sob a guia do Conselho Ecuménico das Igrejas e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sugere o tema e prepara subsídios para a Semana de oração. Este ano tais subsídios são oferecidos pelas Igrejas e Comunidades eclesiais do Canadá, e fazem referência à pergunta dirigida por são Paulo aos cristãos de Corinto: «Estaria Cristo dividido?» (1 Cor 1, 13).
Sem dúvida, Cristo não foi dividido. Contudo, devemos reconhecer sincera e dolorosamente que as nossas comunidades continuam a viver divisões que são escandalosas. As divisões entre nós, cristãos, são um escândalo! Não há outra palavra: um escândalo! «Cada um de vós — escrevia o apóstolo — diz: “Eu sou [discípulo] de Paulo”, “eu, de Apolo”, “eu de Cefas”, “eu de Cristo”» (1, 12). Nem aqueles que professavam Cristo como o seu chefe são aplaudidos por Paulo, porque usavam o nome de Cristo para se separar dos outros no interior da comunidade cristã. Mas o nome de Cristo cria comunhão e unidade, não divisão! Ele veio para fazer comunhão entre nós, não para nos dividir. O Baptismo e a Cruz são elementos centrais do discipulado cristão, que temos em comum. As divisões, ao contrário, debilitam a credibilidade e a eficácia do nosso compromisso de evangelização e correm o risco de esvaziar a Cruz do seu poder (cf. 1, 17).
Paulo repreende os coríntios pelas suas contendas, mas também dá graças ao Senhor, «pela graça divina que vos foi dada em Jesus Cristo. Nele fostes ricamente contemplados com todos os dons da palavra e da ciência» (1, 4-5). Estas palavras de Paulo não são uma simples formalidade, mas o sinal de que ele vê antes de tudo — e alegra-se sinceramente por isto — os dons concedidos por Deus à comunidade. Esta atitude do apóstolo é um encorajamento para nós e para cada comunidade cristã a reconhecer com júbilo as dádivas de Deus presentes noutras comunidades. Apesar do sofrimento das divisões, que infelizmente ainda subsistem, acolhamos as palavras de Paulo como um convite a alegrar-nos sinceramente pelas graças concedidas por Deus a outros cristãos. Temos o mesmo Baptismo, o mesmo Espírito Santo que nos infundiu a Graça: reconheçamo-lo e alegremo-nos!
É bom reconhecer a graça com que Deus nos abençoa e, ainda mais, encontrar noutros cristãos algo de que temos necessidade, algo que poderíamos receber como dom dos nossos irmãos e irmãs. O grupo canadense que preparou os subsídios desta Semana de oração não convidou as comunidades a pensar naquilo que poderiam oferecer aos seus vizinhos cristãos, mas exortou-as a encontrar-se para compreender o que todas, a seu tempo, podem receber umas das outras. Isto exige algo mais. Requer muita oração, humildade, reflexão e conversão contínua. Vamos em frente por este caminho, rezando pela unidade dos cristãos, para que este escândalo desapareça e deixe de existir entre nós.