OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

terça-feira, 31 de maio de 2016

ENCONTRO DIOCESANO DE CATEQUESE


Dia 07 de Maio em Presidente Médici, aconteceu o encontro com os coordenadores de catequese de nossa Diocese, foi verdadeiramente um bom encontro estiveram presentes os coordenadores e outros catequistas de 15 paroquias de nossa Diocese, eram 33 catequistas, a presença agradável de apoio e incentivo de nosso Bispo D. João e contamos também com presença de Pe. Valdeci e Pe. João Batista que estiveram conosco o todo o dia.

Foi um dia bem proveitoso, após um momento de Oração D. João partilhou conosco algumas orientações e preocupações sobre a caminhada catequética nacional. Iniciou agradecendo o serviço dos catequistas na Diocese e incentivando a perseverarem no mesmo, nos falou da grande preocupação quanto ao tempo em que devemos catequizar: Catequizandos do séc. XXI, catequistas do Séc. XX e métodos do séc. XXI. E disse que nós precisamos estar sempre em comunhão com toda a Igreja para formarmos comunidades catequizadoras. E como foi agradável essas partilhas de ambas as partes. Tudo que D. João nos falou só reforçou nosso desejo de continuarmos nossa bela missão. Obrigada. A tarde partilhamos nossa caminhada catequética em nossas paróquias e foi gratificante ver que estamos dando passos de qualidade sentir o esforço e zelo de cada catequista.

Para facilitar nosso trabalho na Diocese foi Criada uma Equipe Diocesana com representantes das 4 foranias, sendo que cada forania tem dois representantes:


  •    Forania Santo Antônio: Maria Eliane R da Silva – São João do Caru e Railson Silva - Bom Jardim.
  •    Forania Santa Luzia: Raqueline S. da Silva - Araguanã e Francilene Mafra - Nova Olinda
  •    Forania São Pedro: Eliude dos Santos- Maranhãozinho e Sandra Maria – Gurupi
  •   Forania N.S da Conceição: Raimundo ( Japão) – Luís Domingues e Tatiane Veras – Amapá.

Nosso encontro de julho vamos realizá-lo nas foranias nos dias 22 a 24 (data já no Calendário Diocesano)

Quero agradecer a aos nossos queridos Sacerdotes pelo apoio e por permitir que esse encontro fosse de fato um dia gratificante para nosso serviço e a D. João por acreditar em nossa contribuição no serviço de evangelização e a cada catequista que se dispõe a ser um catequizador levando o alegre anuncio de Jesus Cristo a todos com amor e doação.

Com carinho
Ir. Deuseni Matos










sábado, 21 de maio de 2016

COLETA NACIONAL EM BENEFÍCIO DO XVII CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL E COLETA ÓBOLO DE SÃO PEDRO

        Amados Filhos e Filhas de Deus da Diocese de Zé Doca, saudações em Jesus Cristo.

         Peço encarecidamente, para que possam ajudar a Santa Igreja nas campanhas abaixo:


1º Durante a 54ª Assembleia Geral da CNBB, a partir da solicitação da Arquidiocese de Belém do Pará, foi convocada uma coleta Nacional em benefício do XVII Congresso Eucarístico Nacional, a ser realizada no 11º Domingo do Tempo Comum, dias 11 e 12 de junho de 2016. O resultado da Coleta será destinado ao custeio das despesas do Congresso Eucarístico. Se em ocasiões anteriores foi fundamental e bem recebida a participação de todo o Brasil, mais ainda se faz agora necessária, pelas dificuldades encontradas pela própria Arquidiocese no enfrentamento de todas as despesas (trecho da carta da Presidência da CNBB).






2º A coleta, chamada ÓBOLO DE SÃO PEDRO, e é feita na Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, que é uma contribuição dos fiéis católicos do mundo inteiro com as despesas do Papa e da Santa Sé. 




3º Peço aos Párocos e suas equipes econômicas, que prestem atenção as datas de repasse das referidas coletas. A Diocese tem prazos para fazer prestações de contas, e as coletas entregues atrasadas só criam problemas nos relatórios finais e na campanha.

+Dom João Kot, OMI
Bispo de Zé Doca - MA

sexta-feira, 20 de maio de 2016

COMUNICADOS DIOCESANO: PRESTAÇÃO DE CONTAS



Amados Filhos e Filhas de Deus da Diocese de Zé Doca, saudações em Jesus Cristo.

É bom que todo o nosso povo saiba como estão os resultados da nossa participação nas coletas nacionais. Por esta razão, primeiro vamos fazer a prestação de contas das últimas coletas para depois pedir a colaboração futura. 

1º Coleta para a Campanha Missionária – outubro de 2015
Nos saímos muito bem. PARABENS! No nosso Regional Nordeste V (Maranhão), fomos a quinta diocese que mais contribuiu:




2° Coleta para a Campanha da Fraternidade/2016 e Lugares Santos/2016 (Sexta Feira da Paixão):





3° Como todos podem perceber, de grão em grão e a gente consegui colaborar significativamente com a Igreja em geral e com nossos Irmãos e Irmãs em necessidades. MUITO OBRIGADO POR CADA DOAÇÃO SUA.


+Dom João Kot, OMI
Bispo de Zé Doca - MA

A ALMA DA IGREJA

                                                           Dom Fernando Arêas Rifan*
     Deus, ao criar Adão, o primeiro homem, após formar o seu corpo do pó do solo, soprou sobre ele um “sopro de vida”, surgindo assim o ser humano completo, corpo e alma (Gn 2, 7).

       Assim Jesus, durante sua vida pública, formou o corpo da Igreja: convocou os Apóstolos, a quem deu a sua autoridade, escolheu Pedro para o chefe, a “pedra”, e deu-lhes o poder de transmitir a graça e os seus ensinamentos. Estava formada a hierarquia, a Igreja docente, que, junto com os outros discípulos, a Igreja discente, formava o corpo da Igreja. Faltava agora a alma, o sopro da vida. Sopro em latim é “spiritus”. Sopro divino, a alma da Igreja, é o Espírito Santo, que Jesus enviou sobre os Apóstolos, sobre a sua nascente Igreja. Agora a obra está completa. A festa de Pentecostes, na qual celebramos a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja, na pessoa dos Apóstolos reunidos com Nossa Senhora (Atos 1, 13-14), é a inauguração oficial da Igreja de Cristo, seu Corpo Místico vivo, pela ação do Espírito Santo.

      Foi o Espírito Santo que completou a obra de Cristo, santificando os Apóstolos, transformando-os de fracos em fortes, de medrosos em corajosos, de ignorantes em sábios, para assim pregarem o Evangelho de Jesus a todos os povos, enfrentando a sabedoria pagã, as perseguições e até a morte, pela causa de Cristo. E até hoje, é o Espírito Santo que dá força aos mártires, testemunhas do Evangelho até o derramamento do sangue, o vigor aos missionários e pregadores, a ciência aos doutores, a pureza às virgens, a perseverança aos justos e a conversão aos pecadores. É o Espírito Santo que garante a indefectibilidade e a infalibilidade à Igreja, até ao fim do mundo. Nenhuma sociedade humana sobreviveria a tantas perseguições, tantas heresias e cismas, tantos inimigos externos e internos, tanta gente ruim no seu seio (nós, por exemplo!), leigos, padres, Bispos e Papas ruins, tantos escândalos da parte dos seus membros, tantas dificuldades, se não fosse a ação do Espírito Santo que a mantém incólume no meio de todas essas tempestades, até a consumação dos séculos. 

        É essa ação do Espírito Santo que produziu os santos, que fazem a glória da Igreja, e são milhares e milhares. Conhecemos alguns por nome, respeitados por todo o mundo, mesmo pelos não católicos e não cristãos: quem não respeita e admira a santidade de um São Francisco de Assis, a ciência de um Santo Agostinho, um São Jerônimo e um Santo Tomás de Aquino, a firmeza de São Sebastião, a pureza de Santa Inês e Santa Cecília, a candura de Santa Teresinha do Menino Jesus, a caridade da Beata Teresa de Calcutá e da Beata Dulce dos Pobres, etc. É o Espírito Santo, presente na Igreja, que cumpre a promessa de Jesus: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).

      A Igreja reproduz a condição do seu Divino Fundador, Jesus, Deus e homem. Como Deus, perfeitíssimo como o Pai, como homem, sujeito a fraquezas como nós, exceto no pecado. Também a Igreja é divina nos seus ensinamentos, graça e perfeição, pela presença do Espírito Santo, continuador da obra de Jesus, humana e fraca nos seus membros, que somos todos nós. 


*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

NOTA SOBRE A TRANSFERÊNCIA DE DOM GILBERTO PASTANA

       Na última quarta-feira 18 de maio de 2016, o nosso regional nordeste V, foi impactado pela notícia da transferência de dom Gilberto Pastana de Oliveira, até então bispo da diocese de Imperatriz no Maranhão. Dom Gilberto foi transferido pelo santo padre o Papa Francisco, como Bispo coadjutor para a sé episcopal de Crato no Estado do Ceará, aceitando o pedido de um colaborador feito por Dom Fernando Panico, MSC, Bispo da referida diocese.

      Nascido em 1956, em Boim, na diocese de Santarém (PA), Dom Gilberto foi ordenado sacerdote em 1985. É mestre em teologia, com especialização em teologia espiritual. Desempenhou vários cargos como Vigário paroquial, Reitor de Seminário; Coordenador Diocesano de Pastoral; Diretor da emissora católica Rede Vida de Televisão, até ser nomeado Bispo por Bento XVI, em agosto de 2005, indo para a diocese de Imperatriz-MA.

     A data marcada para a apresentação canônica de Dom Gilberto Pastana na Diocese de Crato, será dia 17 de julho.

      A Diocese de Zé Doca, na pessoa de Dom João Kot - OMI Bispo diocesano, louva e bendiz a Deus pelo ministério de dom Gilberto Pastana na Diocese de Imperatriz e lhe deseja um feliz pastoreio na Diocese de Crato, no Cariri cearense.

terça-feira, 10 de maio de 2016

FELIZ ANIVERSÁRIO DOM JOÃO KOT,OMI


Neste dia tão especial de 10 de maio de 2016, rendemos incessantes graças a nosso Deus, pelo dom da vida de nosso reverendíssimo Bispo Dom João Kot, OMI. Que este dia seja repleto de muitas alegrias, que a Virgem Maria Mãe da Divina Misericórdia seja sua eterna intercessora. Que a cada dia possas renovar seu SIM a Deus, por meio de sua consagração religiosa e missão em nossas terras brasileiras e de modo especial na missão ao senhor confiada, de ser pastor e guia deste povo de Deus na diocese de Zé Doca, em ser para seu povo reflexo da misericórdia, e do Cristo ao qual fostes constituído ministro e servidor. Que Deus abençoe largamente sua vida e seu ministério episcopal. Parabéns Dom Jan Kot!

INSTITUIÇÃO AO MINISTÉRIO DE LEITOR




 No dia 25 de Abril de 2016, 5º Domingo da Páscoa, o seminário Maior Dom Guido Maria Casullo da Diocese de Zé doca, teve alegria de celebrar o Dia do Senhor numa ocasião muito especial, foram Instituídos Leitores os Seminaristas Emerson Adriano Mendes de Andrade, da Paróquia São Sebastião em Carutapera, e Luis Henrique Nina Baltazar, da Paróquia Nossa     Senhora da Conceição em Cândido Mendes, ambos cursando o 3º ano de Teologia.


O rito foi realizado através da oração e entrega do livro da Sagrada Escritura, na missa presidida por Dom João Kot OMI e concelebrada pelo Reitor do Seminário Maior, Pe. Agnaldo Costa Oliveira. Durante a homilia, o bispo destacou a importância da leitura e meditação da Palavra de Deus na vida dos seminaristas, através da liturgia da palavra e da Lectio Divina como caminhos de oração e encontro com Senhor.

Estiveram presentes os familiares e amigos dos seminaristas, assim como também, os representantes das Comunidades Santa Terezinha e Nossa senhora Aparecida, ambas da Paróquia São Cristovão onde os seminaristas fazem sua experiência pastoral missionária.

Ao final da celebração eucarística todos se confraternizaram participando do jantar oferecido pelo Seminário.


A Diocese de Doca se alegra imensamente por mais uma etapa da formação dos Seminaristas, e suplica ao bom Deus pela intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria pela perseverança de todos os que foram chamados e enviados á vinha do Senhor. 
























quinta-feira, 28 de abril de 2016

O MAL DA CORRUPÇÃO




                                                    Dom Fernando Arêas Rifan*

A corrupção é considerada pela ONU o crime mais dispendioso de todos, causa de muitos outros. A corrupção propicia a ocupação de cargos por pessoas indignas, manobras políticas, compra de votos, licitações desonestas, o desvio, a malversação e o desperdício do dinheiro público, a impunidade, o tráfico de drogas, a sua veiculação nos presídios etc.

Certa vez, um rei perguntou aos seus ministros a causa de o dinheiro público não chegar ao seu destino como quando saiu da sua fonte. Um ministro mais velho, sentado na outra cabeceira da mesa, tomou uma grande pedra de gelo e pediu que a passassem de mão em mão até o Rei. Quando a pedra lá chegou estava bem menor. O ministro então disse: é essa a explicação: “passa por muitas mãos e sempre deixa alguma coisa”.  
       
     “Aquele que ama o ouro não estará isento de pecado; aquele que busca a corrupção será por ela cumulado. O ouro abateu a muitos... Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula... Quem é esse homem para que o felicitemos? Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontrado perfeito está reservada uma glória eterna:... ele podia fazer o mal e não o fez” (Eclo 31, 5-10). São palavras de Deus para todos nós.

Ao ler o título desse artigo, pensa-se logo nos políticos. Mas há muita gente, fora da política, que se enquadra nesse título: quantos exploradores da coisa pública, quantos sugadores do Estado, que não são políticos! Aí se enquadram todos os profissionais ou amadores que se corrompem pelo dinheiro.  Quem vota por dinheiro é corrupto. Quem vota apenas por emprego próprio é corrupto. Quem corre atrás dos políticos para conseguir benesses espúrias é corrupto. 

O Papa Francisco tem insistido sobre a diferença entre pecado e corrupção, entre o pecador e o corrupto. Segundo ele, pecadores somos todos nós, mas o corrupto é aquele que deu um passo a mais: perdeu a noção do bem e do mal. Já não tem mais o senso do pecado. Os corruptos fazem de si mesmos o único bem, o único sentido; negando-se a reconhecer a Deus, o sumo Bem, fazem para si um Deus especial: são Deus eles mesmos. O Papa lembrou que São Pedro foi pecador, mas não corrupto, ao passo que Judas, de pecador avarento, acabou na corrupção. “Que o Senhor nos livre de escorregar neste caminho da corrupção. Pecadores sim, corruptos, não.” (Homilia, 4/6/2013).

A Igreja proclamou padroeiro dos Governantes e dos Políticos São Tomás More, “o homem que não vendeu sua alma”, exatamente porque soube ser coerente com os princípios morais e cristãos até ao martírio. Advogado, Lorde Chanceler do Reino da Inglaterra, preferiu perder o cargo com todas as suas regalias e a própria vida a trair sua consciência.

     No atual clima de corrupção e venalidade que invadiu o sistema social, político, eleitoral e governamental, possa o exemplo de Santo Tomás More ensinar aos políticos, atuais e futuros, e a todos nós, que o homem não pode se separar de Deus, nem a política da moral, e que a consciência não se vende por nenhum preço, mesmo que isto nos custe caro e até a própria vida.


*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney


segunda-feira, 18 de abril de 2016

MENSAGEM DA CNBB PARA AS ELEIÇÕES 2016


        “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24)

          Neste ano de eleições municipais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil.

          Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência discriminação e mentiras; e com oportunidades iguais para todos. Só com participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível a realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município onde cada pessoa mora e constrói sua rede de relações. Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta.

          A política, do ponto de vista ético, “é o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre indivíduos, grupos, nações que ofereçam condições para a realização do bem comum”. Já do ponto de vista da organização, a política é o exercício do poder e o esforço por conquistá-lo, a fim de que seja exercido na perspectiva do serviço.

          Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando fé e vida, a cidadania não se esgota no direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos.

          As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política, é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem.

          Para escolher e votar bem é imprescindível conhecer, além dos programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se “conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”2. Dos legisladores, os vereadores, requer-se “uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo”3.

          É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. A Lei da Ficha Limpa há de ser, neste caso, o instrumento iluminador do eleitor para barrar candidatos de ficha suja.

          Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade como, por exemplo, a defesa do direito de crianças e adolescentes. Pode ser inovador e eficaz elaborar projetos de lei, com a ajuda de assessores, e solicitar a adesão de candidatos no sentido de aprovar os projetos de lei tanto para o executivo quanto para o legislativo.

          É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. Além disso, estanca uma das veias mais eficazes de corrupção, como atestam os escândalos noticiados pela imprensa. Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de “Caixa 2”, tão comum nas campanhas eleitorais.

          A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crime eleitoral que atenta contra a honra do eleitor e contra a cidadania. Exortamos os eleitores a fiscalizarem os candidatos e, constatando esse ato de corrupção, a denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, conforme prevê a Lei 9840, uma conquista da mobilização popular há quase duas décadas.

          A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé. Promova-se a renovação de candidaturas, pondo fim ao carreirismo político. Por isso, exortamos as comunidades a aprofundarem seu conhecimento sobre a vida política de seu município e do país, fazendo sempre a opção por aqueles que se proponham a governar a partir dos pobres, não se rendendo à lógica da economia de mercado cujo centro é o lucro e não a pessoa.

          Após as eleições, é importante a comunidade se organizar para acompanhar os mandatos dos eleitos. Os cristãos leigos e leigas, inspirados na fé que vem do Evangelho, devem se preparar para assumir, de acordo com sua vocação, competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, como o da Educação, Saúde, Criança e Adolescente, Juventude, Assistência Social etc. Devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município. Estejam atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres.

          Confiamos que nossas comunidades saberão se organizar para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum.  

          Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia.

          Aparecida - SP, 13 de abril de 2016

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

                                        Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
                                        Arcebispo São Salvador da Bahia
                                        Vice-Presidente da CNBB

                                                                                Dom Leonardo Ulrich Steiner
                                                                                Bispo Auxiliar de Brasília
                                                                                Secretário-Geral da CNBB