OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

XV ASSEMBLEIA DIOCESANA DA PASTORAL DA JUVENTUDE



     A Pastoral da Juventude da Diocese de Zé Doca realizou a XV Assembleia Diocesana da Pastoral na Paróquia Santa Luzia, na cidade de Santa Luzia do Paruá, terra onde juntos rezamos, construímos e planejamos, entre os dias 13, 14 e 15 de Março de 2020, uma nova história e um novo ciclo para a nossa Pastoral, fortalecendo nosso jeito jovem de ser e fazer Igreja.

    Somos todos os dias chamados a sermos protagonistas de nossos passos. E a história que construímos ao longo desses muitos anos de Pastoral da Juventude em nossa Diocese foi sustentada de muita ternura, esperança, ousadia e profetismo. Nesses dias de Assembleia, vivenciamos a experiência da comunhão fraterna das diversas lideranças paroquiais e de grupos de bases espalhados pela nossa Diocese. 

    Com a Santa Missa e vários momentos orantes, bem como nas plenárias, estivemos em comunhão e em memória com todos que fizeram e fazem a caminhada da Pastoral da Juventude acontecer de maneira mais linda, mística e sintonia com a Igreja. Fizemos memória de muitos que ajudaram a construir essa nossa história como antigos coordenadores, padres, irmãos e irmãs, juventude no geral, que se doaram e deixaram um pouco de si por nós que hoje assumimos esse compromisso. 

    Na XV Assembleia da Pastoral da Juventude da Diocese de Zé Doca, fomos convidados a construir, com responsabilidade e criatividade, direcionamentos e prioridades que nos ajudarão a fortalecer nossa ação na animação dos grupos de base. Refletimos sobre como ser uma PASTORAL mais ativa, eficaz, que prima o seguimento de Jesus Cristo e o compromisso com a construção do Reino de Deus.

    A Assembleia foi de caráter eletivo, realizada após o final do triênio do Regional, juntos rezamos nomes para o serviço dos nossos novos dois Coordenadores Regionais (CR’s), dos quais foram escolhidos para assumir essa missão Mayara Neves Alves e Maurício Martins da Silva, que se colocaram a disposição e se comprometeram com a causa da nossa juventude. Percebeu-se no rosto da nossa juventude a esperança depositada nesses dois jovens, que serão nossas vozes, nossos passos e nossos “abridores de caminhos”, e que eles possam ser Sal e Luz na vida da nossa juventude, e nos conduzir, seguindo os passos do jovem de Nazaré, para caminhar em comunhão com a igreja e fazer florescer dias de grandes realizações para as juventudes de nossa Diocese.















terça-feira, 28 de abril de 2020

PENSANDO NAS PESSOAS DOS GRUPOS DE RISCO



        Por que algumas pessoas que se julgam fora dos grupos de risco acham que podem reivindicar para si a Eucaristia, que as igrejas estejam abertas e que haja celebrações com as pessoas que “não apresentam risco”? Quem vai fazer a seleção na entrada? Que vai estar na porta para mandar de volta para casa o idoso, o cardíaco, o diabético, o fumante e outros dos grupos de riscos que teimosamente desejarem participar? Quem não levar sua máscara e seu álcool vai ser excluído da “sadia” assembleia celebrante? Quem garante para si mesmo que o vírus inexiste na sua exuberante saúde aparente? Vale passar na igreja de carro ou a pé e pegar “seu pedaço” de Eucaristia e ir embora, sem celebração, sem assembleia litúrgica, sem saborear a vida comunitária celebrante?

        Estas perguntas parecem não terem sido feitas por piedosas pessoas famintas de Eucaristia, que tentam se enquadrar nos grupos seletos que podem celebrar e comungar nas igrejas. A piedade eucarística destes irmãos autoriza que haja castas que podem e castas que não podem comungar nesta hora (processo seletivo espiritual das espécies). O princípio da igualdade – ninguém pode – não seria mais justo e bíblico? “Viviam unidos e tinham tudo em comum”. Unidos na privação e em comum a mesma tristeza e fome de não celebrar a Fração do Pão.

        A postura de certos grupos da Igreja e de pessoas com discursos de “saudade de Eucaristia” leva a esquecer exatamente dos patriarcas da fé, os mais velhos; a desconsiderar os mais frágeis, os doentes de doenças graves e crônicas; a criar uma Igreja dos “sadios” e dos “outros”. Numa possível fome em casa, só os mais novos comerão do pouco existente na dispensa, deixando morrer de fome primeiro os mais velhos? Ou comerão todos um pouquinho do que ainda resta? O pouquinho do que ainda resta é a “comunhão espiritual”. Todos comem deste “pouco” mesmo que insuficiente para matar e saciar completamente a fome espiritual da Eucaristia. Mas todos igualmente! Novos e idosos, sadios e doentes, santos e pecadores, os de comunhão diária e os de comunhão dominical. Sem seleção espiritual, sem “eugenia espiritual”!

Também é lamentável a perda do sentido da Igreja como o “Corpo Místico de Cristo”. Todos estamos interligados e unidos a Ele, nossa Cabeça e Princípio. Se uns comungam, o Corpo todo se alimenta. Somos um Corpo e não simplesmente sujeitos crentes individuais, com a necessidade de cada um ter de se alimentar para alimentar, só desta forma, o Corpo inteiro. A santidade de um santifica o Corpo; o pecado de um mancha o Corpo; a comunhão sacramental de um alimenta o Corpo. Não é em cima desta verdade de fé que se fundamenta a teologia das indulgências pela via da comunhão espiritual entre os santos, os batizados, os da tribulação e os da glória? Ou entendemos que somos um Corpo ou teremos que alimentar cada membro, como se não houvesse um Corpo onde uns sustentam os outros! Todos poderiam comungar (e poder não é ter direito), mas não poder – e haverá mesmo fora das pandemias quem não possa comungar – não significa necessariamente fraqueza espiritual que mata a fé por inanição eucarística. Milhares de irmãos e irmãs – o Papa, bispos, sacerdotes, pequenas equipes de celebração – estão comungando e alimentando o Corpo todo. A Igreja não está sem Eucaristia! O alimento espiritual está saciando o Corpo! Enquanto houver um comungante, haverá vigor espiritual no Corpo todo!

        Acho que perdemos o senso da comunhão eclesial, da circulação dos bens espirituais no Corpo inteiro de Cristo, a Igreja, e fixamos nosso olhar erradamente na comunhão sacramental individual como única forma de vivência da fé eucarística e dos seus efeitos. A comunhão eucarística tomada abundantemente até antes da pandemia não nos educou para a comunhão mística que existe entre os batizados, mesmo que nem todos tenham acesso à vida sacramental. Precisamos pensar nisto!

        Neste tempo de pandemia e de carência eucarística, o que temos para todos são estas meditações: primeiro, não existem grupos de risco. Quem, porventura, fosse à Igreja comungar ou quem ficasse em casa estaria igualmente desprotegido pelos contatos e proximidades. Segundo: um membro da Igreja que comunga fortalece a Igreja toda, o Corpo inteiro. Terceiro: deixar de fora os idosos e os debilitados na saúde, abrindo a possibilidade de comungar sacramentalmente aos demais, é deixar fragilizarem-se espiritualmente, por falta desta comunhão, aqueles que nos educaram na fé e aqueles que estão mais necessitados dos remédios espirituais. Quarto: fazer de conta que nada está acontecendo e voltar tudo ao normal, será uma imperdoável irresponsabilidade e um descompromisso com a vida.

        Só para pensar! Temos tempo para isto em quarentenas! Está sobrando tempo para pensar, para conviver em casa e para rezar na nossa Igreja doméstica e no silêncio do nosso quarto interior.

Dom José Carlos de Souza Campos
Bispo de Divinópolis – MG

Fonte: https://diocesedivinopolis.org.br/c/noticias/pensando-nas-pessoas-dos-grupos-de-risco

segunda-feira, 27 de abril de 2020

CARTA DO PAPA FRANCISCO A TODOS OS FIÉIS PARA O MÊS DE MAIO DE 2020


        O Papa Francisco publicou neste sábado, 25 de abril, uma carta dirigida a todos os fiéis por ocasião do mês de maio, mês especialmente dedicado a Nossa Senhora, na qual convida as famílias a rezarem o Terço em casa durante a atual pandemia de coronavírus. A seguir, a carta completa do Papa Francisco: 

        Queridos irmãos e irmãs!

        Já está próximo o Mês de Maio, no qual o povo de Deus manifesta de forma particularmente intensa o seu amor e devoção à Virgem Maria. Neste mês, é tradição rezar o Terço em casa, com a família; dimensão esta – a doméstica –, que as restrições da pandemia nos «forçaram» a valorizar, inclusive do ponto de vista espiritual.

        Por isso, pensei propor-vos a todos que volteis a descobrir a beleza de rezar o Terço em casa, no mês de maio. Podeis fazê-lo juntos ou individualmente: decidi vós de acordo com as situações, valorizando ambas as possibilidades. Seja como for, há um segredo para bem o fazer: a simplicidade; e é fácil encontrar, mesmo na internet, bons esquemas para seguir na sua recitação.

        Além disso, ofereço-vos os textos de duas orações a Nossa Senhora, que podereis rezar no fim do Terço; eu mesmo as rezarei no Mês de Maio, unido espiritualmente convosco. Junto-as a esta Carta, para que assim fiquem à disposição de todos.

        Queridos irmãos e irmãs, a contemplação do rosto de Cristo, juntamente com o coração de Maria, nossa Mãe, tornar-nos-á ainda mais unidos como família espiritual e ajudar-nos-á a superar esta prova. Eu rezarei por vós, especialmente pelos que mais sofrem, e vós, por favor, rezai por mim. Agradeço-vos e de coração vos abençoo.

Roma, São João de Latrão, na Festa de São Marcos Evangelista, 25 de abril de 2020.

Francisco

Orações a Santíssima Virgem Maria:

    
 
 
 

quinta-feira, 23 de abril de 2020

VIU, SENTIU COMPAIXÃO E CUIDOU DELE



     Na Campanha da Fraternidade deste ano de 2020, a Igreja no Brasil, como faz desde 1962, lançou um forte apelo de amor e compaixão para com aqueles que mais sofrem, assim como fez o próprio Jesus. Com o tema: “Fraternidade e Vida: Dom e compromisso” e o lema: Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10, 33-34)”, todos nós somos convidados, não somente no tempo forte da liturgia quaresmal, mas, ao longo de nossa vida, voltarmos o nosso olhar para Deus implorando sua compaixão e misericórdia. 

     Para vivermos o amor, a compaixão e o cuidado para com o outro, a Igreja por meio da CF nos apontou dois grandes ícones, a saber: Santa Dulce e o Bom Samaritano. Santa Dulce, o anjo bom do Brasil, que entregou toda a sua vida a cuidar e amar os pobres, deixando-se ser movida pelo amor e compaixão de Deus. O Bom Samaritano, que diante do indiferentismo do sacerdote e do levita, teve um olhar de compaixão para com aquele que estava caído à beira do caminho. Santa Dulce e o Bom Samaritano viram, sentiram compaixão e cuidaram dos mais pobres. 

     Inspirados no grande amor de Deus pelo ser humano e nestes dois ícones apresentados pela CF 2020, tendo em vista também a grande pandemia que nos assola e dos moradores de rua que estão largados a beira do caminho feridos no corpo e na alma, o nosso Seminário Maior Dom Guido Maria Casullo, incentivado por Dom João Kot, assumiu como compromisso concreto, não somente durante a quaresma e este tempo de pandemia, mas de forma constante, mesmo diante dos poucos recursos, uma vez por semana distribuir alimentação aos moradores de rua, proporcionando aos futuros presbíteros uma formação que ultrapassa os muros do Seminário, indo ao encontro daqueles que estão abandonados a beira do caminho, a ver, ter compaixão e cuidar. Sentir a beleza do amor ao próximo, do cuidado com o outro e perceber que a vida só tem sentido verdadeiramente quando aprendemos a servir, a fazer da nossa vida um dom, uma entrega, uma doação. 

    Quem desejar fazer parte desta corrente de caridade e solidariedade, entre em contato conosco pelo WhatsApp (98) 98491-6787

     Deus derrame suas bênçãos abundantes sobre nós e nos conceda um coração sempre capaz de partilhar.


















domingo, 19 de abril de 2020

EM DEFESA DA VIDA: É TEMPO DE CUIDAR (CNBB)

EM DEFESA DA VIDA: É TEMPO DE CUIDAR

        A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, porta-voz da Igreja Católica na sociedade brasileira, em sintonia com segmentos, instituições, homens e mulheres de boa vontade, convoca a todos pelo empenho em defesa da vida, contra o aborto, e se dirige, publicamente, como o faz em carta pessoal, aos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal para dizer, compartilhar e ponderar argumentações, e considerar, seriamente, pelo dom inviolável da vida, o quanto segue: 

         1. “É tempo de cuidar”, a vida é dom e compromisso! A fé cristã nos compromete, de modo inarredável, na defesa da vida, em todas as suas etapas, desde a fecundação até seu fim natural. Este compromisso de fé é também um compromisso cidadão, em respeito à Carta Magna que rege o Estado e a Sociedade Brasileira, como no seu Art 5º, quando reza sobre a inviolabilidade do direito à vida. 

        2. Preocupa-nos e nos causa perplexidades, no grave momento de luta sanitária pela vida, neste tempo de pandemia do COVID-19, desafiados a cuidar e amparar muitos pobres e empobrecidos pelo agravamento da crise econômico-financeira, saber que o Supremo Tribunal Federal pauta para este dia 24 de abril 2020, em sessão virtual, o tratamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 5581, ajuizada pela Associação Nacional dos Defensores Públicos - ANADEP, requerendo a declaração de inconstitucionalidade de alguns dispositivos da Lei 13.301/2016 e a interpretação conforme a Constituição de outros dispositivos do mesmo diploma legal. 

        3. Há de se examinar juridicamente a legitimidade ativa desta Associação de Defensores Públicos, como bem destacado nas manifestações realizadas nos autos pela Presidência da República, Presidência do Congresso Nacional, Advocacia Geral da União e Procuradoria Geral da República, pois nos parece, também, que a referida Associação não é legitimada para propor a presente ADI, tendo bem presente que a Lei 13.985/2020 trouxe suporte e apoio para as famílias que foram afetadas pelo Zika vírus, instituindo uma pensão vitalícia as crianças com Síndrome Congênita como consequência. 

        4. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reitera sua imutável e comprometida posição em defesa da vida humana com toda a sua integralidade, inviolabilidade e dignidade, desde a sua fecundação até a morte natural comprometida com a verdade moral intocável de que o direito à vida é incondicional, deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto”. São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto. 

        5. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil insta destacar que o combatido artigo 18 da referida Lei 13.301/2016, cuja ADI pretendia a declaração de inconstitucionalidade de alguns dispositivos, foi completamente revogado pela MP 894 de 2019, convertida em Lei em 2020 (L. 13.985/2020). Desta forma, parece-nos ainda que o objeto da ação foi superado, não servindo a ação para declarar a inconstitucionalidade de outra lei que não a inicialmente combatida. 

        6. A CNBB requer, portanto, que, acaso seja superada a preliminar de ilegitimidade ativa suscitada por todas as autoridades públicas que se manifestaram, e não seja extinta a ADI pela perda do objeto, no mérito não sejam acolhidos quaisquer dos pedidos formulados para autorizar, de qualquer forma, o aborto de crianças cujas mães sejam diagnosticadas com o zikavirus durante a gestação. 

        7. Reafirmamos, fiéis ao Evangelho de Jesus Cristo, nosso repúdio ao aborto e quaisquer iniciativas que atentam contra a vida, particularmente, as que se aproveitam das situações de fragilidade que atingem as famílias. São atitudes que utilizam os mais vulneráveis para colocar em prática interesses de grupos que mostram desprezo pela integridade da vida humana. (S. João Paulo II, Carta Encíclica Evangelium Vitae, 58) 

        Esperamos e contamos que a Suprema Corte, pautada no respeito à inviolabilidade da vida, no horizonte da fidelidade moral e profissional jurídica, finalize esta inquietante pauta, fazendo valer a vida como dom e compromisso, na negação e criminalização do aborto, contribuindo ainda mais decisivamente nesta reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça, do respeito incondicional à dignidade humana e na reorganização da vivência na Casa Comum, segundos os princípios e parâmetros da solidariedade. 

        Cordialmente, 

Brasília, 19 de abril de 2020.


Domingo da Misericórdia 


          Dom Walmor Oliveira de Azevedo            Dom Jaime Spengler
                                      Presidente                                           1º Vice-presidente 

              Mário Antônio da Silva                          Dom Joel Portella Amado
                     2º Vice-presidente                                                Secretário-geral