OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O tempo passa a morte vem e é feliz quem faz o bem”.

Assim reza um ditado popular, não sei de qual país do mundo. Mas não importa: ele vale para todos os países e para todas as pessoas. Ele anuncia e aponta três realidades eternas: o tempo, a morte e a bondade. E nasce uma filosofia de vida cristã universal e assinada por Jesus Cristo.

Para alguns o tempo simplesmente “passa”. Para outros, para um menino, por exemplo, ou um jovem, ele passa devagar: porque o jovem quer se tornar adulto rapidamente para gozar direitos e liberdade. Para um idoso o tempo passa ligeiro, quase foge repentino. Para um doente o tempo passa lentissimamente, parece até ter parado. O sofrimento freia as horas e até os minutos... Na realidade o minuto é do mesmo tamanho para a criança, o jovem, o adulto, o rico, o pobre, o negro, o branco...

A morte ninguém a quer como companheira. Mas ela é uma realidade e nos acompanha como uma sombra. Embora conhecendo tantas coisas, embora tendo lido ou escrito tantos livros, embora com contas bancária com tantos zeros... a morte será a última realidade que iremos encontrar sem a conhecer e não poderemos falar dela a ninguém. Ela vai parar a nossa história e anuncia o encontro definitivo com o Senhor da vida e da morte.

O bem e a bondade são as únicas coisas que temos nas mãos e que valem ouro. Valem a felicidade aqui e no além. Elas são feitas de coisas tão pequenas que a elas nem damos importância. O bem, o amor, a dedicação nos acompanham sempre, ao longo da vida e nunca vão murchar ou apodrecer. Serão a moeda boa que nos abrem as portas do felicidade eterna.

Terminando mais um ano, dom de Deus, desejo a todos o ano de 2014 recheado de desejos e sonhos realizados. E agradeço ao Pai que tanto me amou e nos amou no ano de 2013.

Feliz ano novo!!!

+ Carlo Ellena

domingo, 29 de dezembro de 2013

Segunda leitura
Das Homilias do papa Paulo VI

(Homilia pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964) (Séc.XX)

As lições de Nazaré

Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.


Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.

Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.

Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.

Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.

Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.

Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.

Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.

Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.




terça-feira, 24 de dezembro de 2013


Natal: tempo de alegria, felicidade e paz.

Não é fácil perceber e viver estes valores no meio do barulho, da grande movimentação, da corrida aos presentes. Mas é necessário parar um pouco e pensar.
Com o Natal Jesus entra na história de cada um, de cada Comunidade, de cada Paróquia e da sociedade. Depois do nascimento dele não podemos mais fazer de conta que ele não tinha nascido, que ele não seja o Filho de Deus, que ele não tenha ensinado, que ele não tenha deixado o seu recado que permanece até o fim dos tempos. A nossa história precisa tomar o trilho que ele marcou para uma vida digna, tranquila, serena e de paz.
O Natal não é uma fiction, uma novela o telenovela. É a verdadeira história do Filho de Deus que veio por amor e para nos salvar. No Natal é Deus que vem a nós para nos redimir e salvar. Por isso é festa não de crianças, mas é festa de adultos, de pessoas que querem construir algo de bom e duradouro.
Nada contra luzes, presentes, ceias e momentos de alegria vividos com simplicidade e com moderação. Para não ofender os pobres que ainda existem, e são muitos, no meio de nós
Vivido assim o Natal é fonte de Felicidade. É um Natal assim que desejo a todos os cristãos da nossa Igreja Católica e de qualquer outra denominação. Juntos podemos realizar, aos poucos, o verdadeiro Reino de Deus.
Feliz Natal, amigos e amigas.

Com a bênção do vosso bispo Dom Carlo Ellena.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

50 anos de Ordenação sacerdotal 
de Dom Walmir Alberto Valle. 
Visita à Diocese de Zé Doca 
“O mundo dá muitas voltas” e, quase sem perceber, no momento certo e mais oportuno, organiza encontros ou reencontros que fazem bem à alma.
Foi assim para a Diocese de Zé Doca nos dias passados; uma verdadeira graça de Deus. Dom Walmir, bispo emérito da Diocese de Joaçaba (Santa Catarina) e, por 17 anos, bispo diocesano da Diocese de Zé Doca, voltou a encontrar o povo de Deus destas terras. Ocasião: se passaram 50 anos desde o dia da sua Ordenação sacerdotal em Turim (Itália).
Três momentos significativos marcaram esta volta: cada momento num dos setores ou áreas pastorais da Diocese.
  1. Dia 12 de dezembro: muitas homenagens na confraternização durante o almoço no Centro Pastoral e, à noite, ao partir o bolo, no salão paroquial. Mas o momento forte foi a Celebração da Santa Missa na Catedral de Santo Antônio:
    transmissão televisiva ao vivo; Catedral superlotada; presença do povo das paróquias do Setor I: Bom Jardim, Newton Bello, Zé Doca, Araguanã e Nova Olinda do Maranhão. Todo mundo atento e abraçando o festejado; sorrisos e gargalhadas ao lembrar fatos “antigos”.
  2. Dia 14 de dezembro: em praça pública, a homenagem foi na Paróquia de Governado Nunes Freire. Almoço nas dependências da Paróquia.
    Missa ao ar livre na praça da cultura. Alegria ao som de músicas dos nossos cantores e de artistas convidados. 
    Presença maciça do povo do Setor II, Santa Luzia do Paruá, Presidente Médice, Maranhãozinho, Governador Nunes Freire, Maracaçumé, Centro do Guilherme, Centro Novo do Maranhão e Boa Vista do Gurupi unido ao povo de Junco do Maranhão.
    A festa uniu também as homenagens a quatro Padres ordenados vinte anos atrás por Dom Walmir: Pe. Abas, Pe. Ednaldo, Pe. Romildo e Pe. Francisco. A noite foi curta para expressar tanta alegria.
  3. Dia 15 de dezembro: as Paróquias do Setor III-Litoral (Carutapera, Luís Domingues, Godofredo Viana, Cândido Mendes e Amapá do Maranhão) fizeram a festa solene na Celebração da Santa Missa na Matriz de Cândido Mendes e, após, na quadra do Salão paroquial, superlotada ao repartir o bolo de 50 quilos, um quilo para cada ano de sacerdócio. Na mesma ocasião foi homenageado Pe. Romildo pelos seus vinte anos de vida sacerdotal.

Tudo foi bom e graça de Deus. Muita participação, muitas lembranças de Dom Walmir contidas nos dois livros por ele escritos e autografados e nos encontros com os amigos de longa data.
Estes encontros, raros infelizmente, além de trazer lembranças, esquentam o coração de adultos e de jovens e reavivam na caminhada cristã.
O Advento, tempo de espera de Jesus, filho de Deus e filho de Maria, adquire um significado especial. Somos, de fato, todos enviados por Ele ao mundo para anunciar a alegria da libertação e do amor do Pai.
O Bispo cumpre esta missão de maneira especial e mais plena.
Desejamos a Dom Walmir, em nome da Diocese de Zé Doca, ainda muito mais sucesso, um Feliz Natal e um Ano Novo transbordante de coisas boas. Parabéns e obrigado, Dom Walmir.

Por Dom Carlo Ellena, bispo da Diocese de Zé Doca

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

CINQUENTA ANOS DE VIDA SACERDOTAL DEDICADO AO SENHOR DA ROÇA

Ontem (12) por volta da 19h: 30 deu-se início a Celebração Eucarística da qual a Diocese de Zé Doca, principalmente as paroquias do setor I - São João do Caru, Bom Jardim, Newton Bello, Zé Doca e Nova Olinda do Maranhão – congratularam-se juntamente com Dom Walmir Alberto Vale pelos seus cinquenta (50) anos de vida sacerdotal. 

A Catedral de Santo Antônio ficou repleta de fiéis para parabenizar este grande homem que muito trabalhou para anunciar o Reino de Deus nos diversos lugares da diocese por onde passou. 

A celebração ainda contou também com a presença do bispo Dom Hélio Rama (amigo da mesma congregação de Dom Walmir) e, de padre Élio De Luca ambos da Diocese de Pinheiro e, dos padres das paroquias do setor I da diocese de Zé Doca. 

Na sua homilia Dom Walmir fez questão de dá os parabéns ao pároco Monsenhor Raimundo Brito dos Santos pelo ilustre trabalho que vem fazendo para melhorar cada vez mais a Catedral de Santo Antônio. E fez questão de pedi forças ao Dono da Roça para continuar testemunhando o Reino de Deus na sua vida. 

Após a Santa Missa aconteceu um coquetel ofertado pelas paroquias do setor I da diocese para abrilhantar ainda mais esta ocasião festiva.

Parabéns Dom Walmir Alberto Vale pelos seus cinquenta anos de vida sacerdotal que Deus continue dando muita força para continuar levando a boa nova a todas as criaturas.


sábado, 30 de novembro de 2013


“Na justiça e piedade vivamos,  Aguardando a bendita esperança,  E a vinda do Cristo Senhor!” 
(Antífona do Tempo de Advento) 



Natal é momento doce e cheio de significado para as nossas vidas. É tempo de repensar valores, de ponderar sobre a vida e tudo que a cerca.É momento de deixar nascer essa criança pura, inocente e cheia de esperança que mora dentro de nossos corações. É sempre tempo de contemplar aquele menino pobre, que nasceu numa manjedoura, para nos fazer entender que o ser humano vale por aquilo que é e faz, e nunca por aquilo que possui. 

Noite cristã, onde a alegria invade nossos corações trazendo a paz e a harmonia.
O Natal é um dia festivo e espero que o seu olhar possa estar voltado para uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de seu coração.
Que neste Natal você e sua Comunidade sintam mais forte ainda o significado da palavra “Amor”, que traga raios de luz que iluminem o seu caminho e transformem o seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade.Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz.
Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.
Todo Ano Novo é hora de renascer, de florescer, de viver de novo.

FELIZ E ABENÇOADO NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO cheio depaz, amor, esperança e muitas REALIZAÇÕES PARA TODOS!


Irmã Maria Luisa Sanna 
Coordenadora da Pastoral Litúrgica Diocesana 
Zé Doca, 21 de Novembro de 2013, Memoria da Apresentação de Nossa Senhora

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Xª ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL
Zé Doca, 20-24 de novembro de 2013

A nossa Assembleia começou bem antes do dia 20 de novembro. Foram feitas orações em todas as Paróquias e Comunidades; os convites chegaram pontuais; os padres escolheram as pessoas com cuidado...enfim as mais de 110 pessoas que estavam presentes eram e são a “nata da Diocese”; responsáveis e, já faz tempo, engajadas na vida das Paróquias. Estas presenças qualificadas garantiram pontualidade, atenção, desejo de avaliar, aprender e compromisso com os programas marcados.
Sentimos uma responsabilidade maior ainda neste ano de espera do novo Bispo. Por isso não tomamos grandes decisões, mas o serviço à Diocese continua: estamos com um Plano Diocesano de Pastoral a ser vivido durante os anos de 2011 a 2015. Por isso o levamos em consideração e retomamos o compromisso de vivenciá-lo nas atividades cotidianas de cada Paróquia.
“Como foi a Assembleia?” – me perguntaram  diversas pessoas.
“Foi boa” – respondi. De fato nunca ouvi responder de outro jeito quando se pergunta sobre o resultado de um encontro, de uma palestra ou de uma Assembleia. Sempre: “tudo bacana, tudo joia, tudo azul...”. A nossa Assembleia também foi tudo isso.
Acertamos “na mosca” o convite feito aos três assessores do estudo;
- a Irmã Maria Eugênia Lloris Aguado, da Comissão para o tema central da Assembleia Geral da CNBB em Aparecida: foi ela que nos apresentou e nos ajudou a entender melhor o texto da CNBB de Estudo n. 104, já trazendo para nós algumas novidades de melhoria do mesmo texto, oferecidas por pessoas ou Dioceses ou paróquias ou  Comunidades... Valeu, Irmã, a sua vinda nestas terras; a senhora se tornou amiga e companheira. A nossa colaboração para com o texto não foi grande, mas achamos que algumas coisinhas podem ser levadas ao novo texto e podem enriquecê-lo. E lá se foi o primeiro dia. Obrigado, Irmã.
-  o senhor Joilson Costa – a ele não faltam as palavras – nos ofereceu uma visão internacional, nacional e até local das coisas que acontecem: uma análise de conjuntura inteligente, preparada, atual, documentada e vivaz. Obrigado, amigo, pela amizade que dura no tempo.
- Padre Abas é “prata da casa”: para ele ficou a tarefa de analisar – mas o tempo foi pouco mesmo – a realidade da nossa Diocese. Nela aconteceram e acontecem ainda tantas coisas, a bem pensar e refletir, que nem sempre  sabemos ver e julgar, muito menos agir para melhorar a situação. E lá se foi o segundo dia. Obrigado, Padre Abas, pelo serviço.
            Aproveitamos o tempo para conhecer o conteúdo do I° Encontro da Igreja Católica da Amazônia Legal. Padre Paulo Ricardo e Dom Carlo trouxeram de Manaus (AM) conteúdo, fotos e vídeos. Nós também ficamos conhecendo melhor os grandes problemas da Amazônia tais como: os grandes projetos do Governo; a realidade indígena daquelas terras; o tráfego de pessoas e de órgãos humanos que lá (e não apenas lá) existem; o desmatamento que não termina nunca; ad dificuldades da Igreja na Amazônia (pobreza material, faltas de evangelizadores; falta de Seminários e Universidades; viagens pelos rios infinitos daquele lugar...e a teimosia cristã de Padres, Bispos, Religiosos/as, Leigos em cortar essas terras levando a Palavra de Deus entre mil dificuldades... Foi bem-vinda a carta do Papa Francisco: ela nos animou e nos deu coragem. O Papa está ao nosso lado e se preocupa com a Amazônia, pois ele disse: “Não podemos perder a Amazônia... Não deixem que roubem a Amazônia!!!”

O dia 24, pela manhã, paramos para programar algumas atividades, poucas e as mais importantes, para o ano de 2014. As Celebrações da Palavra e as Santas Missas que acompanharam o tempo da Assembleia nos garantem a bênção do Bom Deus, pois foi ele que nos chamou e nos enviou. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013


"Pecadores, sim. Corruptos, não"



Por Salvatore Cernuzio


ROMA, 12 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Pelos muros da capela da Domus Sanctae Marthae, ressoou nesta segunda-feira (11) uma crítica contundente de Francisco, já manifestada em páginas escritas em 2005, quando Bergoglio ainda era o arcebispo de Buenos Aires, e recolhidas no livro "A cura da corrupção".
O cardeal Bergoglio falava então de uma corrupção que é "o joio do nosso tempo", que "se alimenta de aparência e de aceitação social, se ergue como medida da ação moral e pode consumir a partir de dentro", até causar uma "esclerose do coração" do homem ou da própria Igreja. Se as palavras do arcebispo de Buenos Aires já tinham abalado muitas consciências, sua reproposição, agora, na sua qualidade de Sumo Pontífice da Igreja Universal, assume um valor diferente: o valor de uma denúncia, alta e clara, contra uma atitude que é mais ínfima e desprezível do que o próprio pecado. 
De fato, diz o papa, é quase melhor definir a nós próprios como pecadores do que como corruptos. Porque "aquele que peca e se arrepende pede perdão, se sente frágil, se sente filho de Deus, se humilha e pede a salvação de Jesus". Mas quem é corrupto "escandaliza" não pelas suas culpas, diz o Santo Padre, mas porque "não se arrepende", "continua a pecar, e, mesmo assim, finge que é cristão". É alguém que leva, enfim, uma "vida dupla". E isso "faz muito mal" para a Igreja, para a sociedade e para o próprio homem.
“É inútil que alguém diga ‘Eu sou um benfeitor da Igreja! Eu coloco a mão no bolso e ajudo a Igreja’, se depois, com a outra mão, rouba do Estado, rouba dos pobres [...] É injusto", diz Bergoglio, recordando o que diz Jesus no Evangelho de hoje sobre quem é causa de escândalo: "Mais vale a esse que lhe pendurem uma pedra de moinho ao pescoço e seja lançado ao mar!".

"Aqui não se fala de perdão", observa o papa, o que esclarece ainda mais a diferença entre corrupção e pecado. Jesus "não se cansa de perdoar", explica Francisco, e nos exorta a perdoar até sete vezes por dia o irmão que se arrepende. No mesmo Evangelho, porém, Cristo adverte: "Ai daquele que provoca escândalos!". Jesus "não está falando de pecado, mas de escândalo, que é outra coisa", ressalta o papa, "e acrescenta que é melhor que lhe coloquem no pescoço uma pedra de moinho e o joguem no mar do que causar escândalo a um só destes pequeninos".

Quem escandaliza engana, e "onde há engano não há o Espírito de Deus [...] Esta é a diferença entre o pecador e o corrupto": quem leva "vida dupla é corrupto"; quem "peca, mas gostaria de não pecar", é apenas "fraco": este "recorre ao Senhor" e pede perdão. "Deus o ama, o acompanha, está com ele".
Todos nós “devemos nos reconhecer pecadores. Todos nós". Mas "o corrupto está amarrado a um estado de suficiência, não sabe o que é a humildade". Jesus chamava esses corruptos de "hipócritas", ou, pior ainda, de "sepulcros caiados", que parecem "bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão".

Bergoglio vai fundo e afirma: "Uma podridão vernizada: esta é a vida dos corruptos. E um cristão que se gaba de ser cristão, mas que não leva vida de cristão, é um desses corruptos", acrescenta.

"Nós todos conhecemos alguém que está nesta situação: cristãos corruptos, padres corruptos... Quanto mal eles causam à Igreja, porque não vivem no espírito do Evangelho, mas no espírito da mundanidade". Mundanidade que é um perigo a respeito do qual São Paulo já alertava os cristãos de Roma, escrevendo: "Não se conformem com a mentalidade deste mundo". Comenta o Santo Padre: "Na verdade, o texto original é mais forte, porque nos diz para não entrarmos nos esquemas deste mundo, nos parâmetros deste mundo, ou no mundanismo espiritual".

As homilias do papa Francisco na Casa Santa Marta já não se limitam a usar metáforas simpáticas para aguçar as consciências embaçadas dos fiéis. Depois da dura homilia de hoje e do alerta feito na última sexta-feira aos devotos da "deusa tangente", as suas críticas se tornaram implacáveis, porque o que está em jogo é a vida e a alma das pessoas.
Como bom pastor, o papa tem o dever de guiar o seu rebanho pelo caminho que leva até Deus. Por isso, no final de um sermão que foi mais forte que o habitual até aqui, ele ressaltou a esperança e recordou que Cristo "não se cansa nunca de perdoar, mas com a condição de não querermos levar uma vida dupla, de irmos até Ele arrependidos: ‘perdoa-me, Senhor, eu sou um pecador’". E conclui: "Peçamos hoje a graça do Espírito Santo, que foge de todo engano, a graça de nos reconhecermos pecadores: somos pecadores. Pecadores, sim. Corruptos, não".

terça-feira, 26 de novembro de 2013

DIOCESE DE ZÉ DOCA REALIZA ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL 

Assembleia Diocesana de Pastoral aconteceu no Centro Diocesano João XXIII (município de Zé Doca), nos dias 21 a 24 do mês corrente, iniciando as 19h: 30 com a oração na capela Nossa Senhora de Guadalupe. Contando com a presença de vários representantes das paróquias que compõe a diocese.












domingo, 17 de novembro de 2013

ELEITA A NOVA COORDENAÇÃO DIOCESANA DA PASTORAL DA JUVENTUDE 

Componentes da Coordenação Diocesana da Pastoral da Juventude

Coordenador: Marcos Antônio Sales Ferreira (Paróquia de Carutapera)

Vice- Coordenador: José Ribamar (Paróquia de Bom Jardim)

Tesoureiro: Edilson Silva Guimarães (Paróquia de Cândido Mendes)

Secretario: Alba Rosa do Carmo (Paróquia de Santa Luzia)

Coordenação dos Setores

Setor 01: Jorgivan C. Lima

Vice: Francisco B. Chaves

Setor 02: Edineia Pereira Costa

Vice: Jeferson Lopes Araújo

Setor 03: Edivaldo Ferreira dos Santos

Vice: Samuel V. Quadros

Padre Referencial: Valdeci da Silva Moreno

Presidente Médici, 17 de Novembro de 2013.

sábado, 16 de novembro de 2013

CNBB promove Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil

Com a finalidade de planejar as atividades de evangelização dos jovens no Brasil, a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB promoverá, de 11 a 15 de dezembro, em Brasília, o Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil. As inscrições estarão abertas a partir desta quinta-feira, 10, até 10 de novembro, pelo site www.jovensconectados.org.br
O objetivo do encontro é contribuir para que a Igreja no Brasil e as expressões juvenis possam colher concretamente os frutos dos acontecimentos relacionados à juventude. Durante os últimos anos, foram diversas as atividades no país como a peregrinação dos símbolos da JMJ, os Botes Fés, os Seminários Nacionais de Jovens, a Campanha da Fraternidade, a Jornada Mundial da Juventude, entre outros eventos diocesanos e de diversas expressões que trabalham com juventude.
O encontro é destinado ao adulto responsável da evangelização da juventude diocesana; jovem líder representante de cada diocese que represente o conjunto de expressões juvenis na diocese; assessores nacionais adultos de cada expressão juvenil (Movimentos, Pastorais da Juventude, Novas Comunidades); assessor adulto de cada congregação religiosa que trabalha com juventude e a coordenação nacional de cada expressão juvenil.

Acompanharão o encontro os bispos referenciais da juventude nos Regionais da CNBB; bispos referenciais regionais para as questões da JMJ; o coordenador nacional dos Centros e Institutos de Juventude e da Pastoral Presbiteral do Regional; os coordenadores nacionais de algumas pastorais afins; além das equipes Jovem de Comunicação e de Subsídios e a Coordenação da Pastoral Juvenil Nacional, todas da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude (CEPJ) da CNBB.
ASSEMBLEIA DIOCESANO DA PASTORAL DA JUVENTUDE
DIOCESE DE ZÉ DOCA
Presidente Médici (MA), dia 16 e 17 de Novembro de 2013.


Está acontecendo, desde às 9 horas da manhã do dia de hoje, na Paroquia de Santa Terezinha do menino Jesus, ( Município de Presidente Médici- MA) a Assembleia Diocesana da Pastoral da Juventude que irá até domingo (17) meio dia.

O representante da PJ, padre Alvelino listou os principais pautas que serão discutidas ao longo dessa assembleia, como também algumas formações que acontecerá nesses dois dias, a saber:

1. Eleição da Coordenação Diocesana da Pastoral da Juventude;

2. Eleição da Coordenação dos Setores (1, 2 e 3) da pastoral;

3. Calendário Diocesano de atividades da PJ.

4. Palestra sobre a Campanha da Fraternidade 2014 (Ir. Vitória);

5. Revitalização da pastoral juvenil. 



Juventude somos nós, nossa força, nossa voz!

sábado, 9 de novembro de 2013

Em defesa dos seminaristas: identidade em crise
Rafael Vieira da Costa
Nós, seminaristas, como qualquer outro vocacionados a qualquer profissão, estamos desenvolvendo nossas potencialidades.

 
Parece que aquele sistema de seminário altamente regimental é coisa do passado. Há uma abertura de consciência dos formadores e, também, da Igreja no que diz respeito à formação dos seminaristas. O sentimento que cada formando carrega é o da auto-formação, ou seja, a liberdade de educar a si mesmo. Contudo, não encontramos pessoas realizadas em sua vocação, afinal, devia ser esse o estereótipo de um formando, porque segundo os parâmetros modernos essa liberdade injetada no seminarista devia realizá-lo como pessoa e como seminarista que busca ser sacerdote do Altíssimo. Em contraposição encontramos seminaristas geralmente em “crise vocacional” – termo usado comumente nas casas de formação. Mas, então, por que realizar-se como “projeto de padre” é um problema? Em minha humilde análise de um seminarista em contexto proponho uma resposta ao questionamento: isso é um problema de identidade.
Nós, seminaristas, como qualquer outro vocacionado a qualquer profissão somos pessoas que estamos desenvolvendo nossas potencialidades e temos uma vaga idéia da direção em que nossos passos querem seguir. De modo que, na formação precisamos basicamente de três coisas: competência, controle e vocação. Explico: competência significa ter condições de lidar com as interpelações da sociedade; controle, ou seja, canais para nossos impulsos rebeldes, e vocação, a convicção de que somos chamados a fazer aquilo pelo qual somos atraídos. Acontece que nos encontramos não competentes para responder à demanda da sociedade, a vida celibatária parece que está além do horizonte, os impulsos são fortes e difíceis de serem controlados, e o sentimento geral é de que não sou chamado a viver a radicalidade do evangelho. Por isso, todos nós procuramos uma estrutura clara para nos testar e sermos testados a fim de tomar as decisões futuras.
Vejamos como isso se torna um problema de identidade. Se um seminarista quer ser competente ele se vê nos campos mais difíceis que é a filosofia e a teologia. Poucos alunos têm orgulho em estudar esses cursos, até mesmo porque até hoje se discute se a teologia é um campo de estudo ou não, e a filosofia é considerada coisa para quem não tem o que fazer. Um médico, um advogado, um psicólogo orgulha-se de seu campo de atuação porque isso é valioso diante da sociedade. E, mesmo nossos professores não nos passam orgulho em terem estudado teologia e filosofia, porque são poucos os que acreditam na eficácia de contribuir com o mundo através desses campos. Por isso, nós seminaristas ficamos projetando para o futuro outros cursos para sermos competentes em ajudar a sociedade, a filosofia e a teologia se tornaram apenas um modo de cumprir o currículo.
O controle das nossas pulsões, por vezes, também não é claro. Se um seminarista começa a namorar dentro do seminário ele não é mandado embora, ao contrário, se faz vista grossa e se diz: “é melhor que ele tenha uma experiência de namoro antes de assumir o celibato”. Até mesmo se tem hoje um receio muito grande por parte dos formadores em chamar a atenção pelas amizades particulares, mesmo que os seminaristas estejam envolvidos em relações consumidoras de enormes energias, desgastante, por causa do apego excessivo. Isso é um problema do seminarista, ele que deve resolver sozinho a questão. Como podemos perceber, não há uma identificação do seminarista com a vivência do celibato.
Se o seminarista quer um auxílio à sua vocação ninguém sabe lhe dizer com precisão o que significa ser sacerdote. Parece que quanto mais estamos perto da ordenação mais vagas ficam as nossas idéias sobre o ministério. Antigamente a Igreja dizia que era uma honra ordenar um sacerdote e se o candidato não correspondesse às exigências devia se retirar. Hoje não temos exigência e nós seminaristas que parecemos dizer à Igreja “se você não corresponder às minhas expectativas eu me retiro”. Porque antes tínhamos claramente, como a água, o que era ser padre, hoje, ninguém quer abraçar uma vocação que não tenha certa carga de exigência. Existem muitos padres que não acreditam na eficácia do seu ministério e na força do seu apostolado, por vezes se tornam professores, psicólogos, cantores entre outras coisas, mas não convencem a nós seminaristas que vale a pena ser padre.
Nessas três áreas citadas (competência, controle e vocação) estamos frustrados. Encontramo-nos em meio ao dilema. Sentimo-nos como alguém que não tem uma disciplina respeitada (competência), os impulsos não podem ser controlados, tudo é ambíguo (controle), e o chamado se tornou uma fonte de questionamentos intermináveis (vocação). Evidentemente, não há muitos referenciais para seguirmos, pessoas que realmente amam a sua função. Por isso, sofremos uma crise de identidade, não nos identificamos com o que vemos e o que devemos ser. Essa reflexão surgiu a partir de minha vivência seminaristica com meus amados formadores Pe. Luciano Toller e Hélio Feuser que, com amor e cuidado me ajudam a criar competência, controle e vocação. Posso dizer que a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus tem me ajudado a integrar-me como pessoa-humana e pessoa-vocação.
* Texto baseado no livro “Intimidade”, de Henri Nouwen.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

DIOCESE DE ZÉ DOCA
Av. do Comércio, 345
65365-000 ZÉ DOCA – MA



                                                   Zé Doca, 04 de novembro de 2013.


Caríssimos e Reverendíssimos

Padres, Irmãos e Irmãs, 

Este mês de novembro é bastante importante: comemoramos os nossos irmãos falecidos, para eles rezamos, agradecemos pelos bons exemplos e pedimos perdão a Deus se ainda precisam da nossa ajuda para receber o abraço definitivo e infinito do Bom Deus; festejamos os Santos todos nos alegrando por já eles viverem na companhia de Deus: tudo isso pela salvação alcançada por Cristo, nosso Irmão maior e prêmio de quem faz o bem. É mês importante também pela nossa Igreja particular Diocese de Zé Doca: está às portas o momento maior do nosso compromisso pastoral de evangelização: A ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL.

Dirijo-me a todos vós para lembrar a data e começar a escolher as pessoas que mais possam nos ajudar na reflexão e no trabalho no próximo ano. A ASSEMBLEIA vai acontecer num momento particular que a Diocese está vivendo: a espera, na oração, do novo Bispo que o Papa Francisco irá nos enviar.

Enquanto esperamos, não podemos deixar de continuar trabalhando, pois a evangelização “não pode ir de férias” e ficar na tecla de “espera”.

Por isso: mãos às obras e todos comprometidos para fazer uma Assembleia de estudo, de reflexão, traçando um caminho de compromisso sério. Então:

DATA: 21(com a janta) até dia 24 ao meio dia do mês de novembro.

ASSUNTOS: iremos fazer a proposta de uma pauta que será, mais ou menos, com os seguintes itens:

- estudo sobre o texto n. 104 da CNBB: “Paróquia, Comunidade de Comunidades”. Quem tem o texto, favor não o esqueça em casa.

- repasse do conteúdo do “I° Encontro da Igreja Católica da Amazônia legal” (Manaus de 28 a 31 de outubro passado).

- repasse do conteúdo da CF-2013

- análise de conjuntura da nossa realidade socio-econômica-religiosa evidenciando os problemas do nosso povo e da nossa Igreja particular.

- uma programação “de mínima” apontando, sobretudo, os compromissos mais importantes e inadiáveis.

- e outros...

QUEM DEVE PARTICIPAR: os Padres, os(as) Irmãos(ãs), os Coordenadores paroquiais da pastoral e representantes “de peso” na vida religiosa das nossas Paróquias. Um total de 6 pessoas por Paróquia. Participar todos do começo até o fim, sem ausências (possivelmente) porque a Assembleia é nossa.

LUGAR: o Centro Diocesano de Pastoral João XXIII, em Zé Doca.

Lembrando que o nosso V° Plano Diocesano de Pastoral 2011-2015 tem como palavra-chave “EVANGELIZAR...” é bom começar a rezar bastante, a se preparar com empenho, prontos a mais este desafio. Vale a pena, pois este dá sentido ao nosso Batismo e à nossa missão.

Espero todos e todas.

Com a bênção do vosso bispo


+ Dom Carlo Ellena
e Coordenação Diocesana de Pastoral


terça-feira, 24 de setembro de 2013

FESTEJO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS 

NOVA OLINDA DO MARANHÃO

Veja a programação completa abaixo:
Programação Litúrgica e Social
DIA 21 (SÁBADO) – ABERTURA NA MATRIZ
 -05 h da manhã – Oração
- 06 h da manhã- Carreata pelas ruas de Nossa Cidade.
-19h30min – Missa e Leilão
Resp.: Legião de Maria e terço dos homens e setor Matriz.
Presidente da celebração Pe. Erenaldo
Atração: Anauá
DIA 22 (DOMINGO)
-19:30 h – Missa e Leilão
Resp.: Profissionais da Educ. e toda as escolas .
Presidente da celebração Pe.Erenaldo
Atração: Boi Naná
Dia 23 (2ª feira )
-19:30h- Missa
Resp .:C.de S. Paulo
Obs : Recolhimento dos envelopes
Presidente da celebração Pe. José Raimundo da Silva
DIA 24 (3ª FEIRA)
-19:30h – Missa
Resp: Comunidade Sagrada Família
Obs: Recolhimento dos envelopes
Presidente da celebração Pe. Márcio Junior
Atração: Quadrilha Balão Mágico
DIA 25 (4ª FEIRA)
-19:30 – Missa
Resp. N.S. da Conceição e Acólitos
Obs. Recolhimento dos envelopes
Presidente da celebração. Pe.Valdecy
DIA 26 (5ª FEIRA)
-19:30 h – Missa
Resp.: Bairro Sales e Past. Vocacional
Obs. Recolhimento dos envelopes
Presidente da celebração. Pe. Erenaldo
Atração: Dança da Escola Girassol
DIA 27 (6ª FEIRA)
-19:30 – Missa
Resp. Santa Terezinha e Comunidade Café da Mata.
Obs. Recolhimento dos envelopes.
Presidente da celebração. Pe.Alvelino
Atração: Show de talentos da terra e Quadrilha do Café da Mata.

DIA 28 (SÁBADO )
-19:30- Missa e Leilão
Resp. . Paróquia. De Santa Luzia do Paruá
Presidente da celebração Pe. José Raimundo Pinheiro
Atração: Dança de Capoeira de Santa Luzia
DIA 29 (DOMINGO)
-19:30- Missa Leilão de Gado
Resp. Past. Do Dízimo, fazendeiros, criadores e vaqueiros.
Presidente da celebração. Pe. Erenaldo
DIA 30 (2ª FEIRA )
-19:30h – Missa
Resp. Monte Alegre e 5° Quadra da B5
DIA 01 (3ª FEIRA)
-19:30h – Missa e Leilão
Resp. Past. Da Criança e Past. Familiar
Presidente da celebração. Pe. Nato
DIA 02 (4ª FEIRA)
-19:30h - Missa
Resp. Catequese e Past. da Juventude
Presidente da celebração. Pe. Brito
DIA 03 (5ª FEIRA)
-19:30h – Missa e Leilão
Resp. Legião de Maria 2°grupo
Presidente da celebração: Pe. Elisvaldo
Atração: Dança Kaapó
DIA 04 (6ª FEIRA) – DIA DO PADROEIRO E FERIADO MUNICIPAL.
-08h-Missa e batizados
Resp. Coordenação e comunidades dos interiores.
16h – Procissão, logo após Missa.
Presidente da celebração: Dom Carlo Ellena
- Em seguida desfile das candidatas a Rainha: Analice de Oliveira, Nayara Nascimento Castro.

- Bingo de um boi.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Carta do papa Francisco em resposta ao jornal La Reppublica

Segue, na íntegra, a carta do papa Francisco, publicada no jornal La Reppublica, no dia 11 de setembro, em resposta a dois editoriais (7 de julho e 7 de agosto) do jornalista fundador do jornal italiano, Eugenio Scalfari, sobre questões relacionadas à fé e à vida cristã, tendo como referência a Encíclica Lumen Fidei .

Carta do papa Francisco em resposta ao jornal La Reppublica

Vaticano, 4 de setembro de 2013

Caríssimo Dr. Scalfari, é com viva cordialidade que, ainda que em linhas gerais, gostaria de responder, com esta minha carta, à que o Sr., pelas páginas [do jornal] República, escreveu-me, dia 07 de julho, com uma série de reflexões pessoais, que posteriormente aprofundou, no mesmo jornal, dia 07 de agosto.

Agradeço-lhe, antes de tudo, pela atenção com a qual leu a Encíclica Lumen fidei. Ela, na intenção de meu amado Predecessor, Bento XVI, que a concebeu e em grande medida a redigiu, e de quem, com gratidão, eu herdei, tem por finalidade não só confirmar na fé em Jesus Cristo os que já se reconhecem nessa fé, mas também suscitar um diálogo sincero e rigoroso com quem, como o Sr., se define “um não crente há muitos anos interessado e fascinado pela pregação de Jesus de Nazaré”.

Parece-me, portanto, que seja positivo, não só para nós pessoalmente, mas também para a sociedade em que vivemos, concentrar-nos no diálogo a respeito de uma realidade importante como é a fé, que se refere à pregação e à figura de Jesus. Penso que há duas circunstâncias, em particular, que tornam hoje esse diálogo necessário e precioso.

Ele, afinal, constitui, como é sabido, um dos principais objetivos do Concílio Vaticano II – querido por João XXIII – e do ministério dos Papas que, cada um com sua sensibilidade e sua contribuição, daquela ocasião até hoje caminharam no sulco traçado pelo Concílio.

A primeira circunstância – como se destaca nas páginas iniciais da Encíclica – deriva do fato que, ao longo dos séculos da modernidade, se tem assistido a um paradoxo: a fé cristã, cuja novidade e incidência na vida do homem desde o início se expressou com o símbolo da luz, foi considerada como superstição obscura, oposta à luz da razão. Assim se chegou a um estado de incomunicação entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, por um lado, e a cultura moderna de cunho iluminista, por outro. Chegou, porém, o tempo de um diálogo aberto e sem preconceitos, que reabra as portas de um sério e fecundo encontro. O Vaticano II inaugurou esta estação.

A segunda circunstância, para quem procura ser fiel ao dom do seguimento de Jesus à luz da fé, deriva do fato que este diálogo não é um acessório secundário da existência de quem crê. Ao contrário, é uma expressão íntima e indispensável [dessa existência]. Permita-me citar, a propósito, uma afirmação que considero muito importante da Encíclica: como a verdade testemunhada pela fé é a verdade do amor – ali se sublinha – “é claro que a fé não é intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. Quem crê não é arrogante; ao contrário, a verdade o faz humilde, sabendo que mais do que nós a possuirmos, é ela que nos circunda e possui. Longe de enrijecer-nos, a segurançaa da fé nos põe a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos” (n. 34). É este o espírito que anima as palavras que escrevo.

A fé, para mim, nasce do encontro com Jesus. Um encontro pessoal, que tocou meu coração e deu uma nova direção e um novo sentido à minha existência. Mas, ao mesmo tempo, um encontro tornado possível pela comunidade de fé na qual eu vivi e graças à qual encontrei o acesso à inteligência da Sagrada Escritura, à vida nova que como fluxo de água jorrando de Jesus através dos Sacramentos, à fraternidade para com todos e a serviço dos pobres, verdadeira imagens do Senhor. Sem a Igreja, - creia-me – não teria podido encontrar Jesus, apesar de estar ciente de que este dom imenso que é a fé está guardado nos vasos da frágil argila de nossa humanidade.

É precisamente a partir daqui, desta experiência pessoal de fé vivida na Igreja, que me sinto à vontade para escutar suas questões e para procurar, junto com o Sr., os caminhos ao longo dos quais poderemos, talvez, começar a fazer juntos um percurso.

Perdoe-me se não sigo passo a passo a argumentação que o Sr. Propôs no editorial de 7 de julho. Parece-me mais frutuoso – ou me é mais congenial – ir, de certo modo, ao coração de suas considerações. Também não entro na modalidade expositiva seguida pela Encíclica, na qual o Sr. sente a falta de uma seção especificamente dedicada à experiência histórica de Jesus de Nazaré.

Observo apenas, para começar, que uma análise desse tipo não é secundária. Trata-se, de fato, seguindo a própria lógica que segue o desenvolvimento da Encíclica, de centrar a atenção sobre o significado do que Jesus disse e fez, e, assim, em última instância, sobre o que Jesus foi e é por nós. De fato, as cartas de Paulo e o Evangelho de João, aos quais se faz particular referência na Encíclica, foram construídos sobre o sólido fundamento do ministério messiânico de Jesus de Nazaré, cujo cume resolutivo é a páscoa da morte e da ressurreição.

É necessário confrontar-se com Jesus, eu diria, na concretude e na dureza do seu acontecimento, assim como é narrado sobretudo no mais antigo dos Evangelhos, que é o de Marcos. Constata-se, então, que o “escândalo” que a palavra e a praxe de Jesus provocam ao seu redor derivam de sua extraordinária “autoridade”: uma palavra atestada desde o Evangelho de Marcos, mas que não é fácil de traduzir para o italiano. A palavra grega é “exousia”, que literalmente se refere ao que “provém do ser” que se é. Não se trata de algo exterior ou forçado, mas que emana de dentro e que se impõe por si. Jesus, efetivamente, atinge, surpreene, inova, como ele mesmo diz, a partir de sua relação com Deus, a quem chama familiarmente Abbá, que lhe entrega esta “autoridade” para que ele a exerça a favor dos homens.

Assim Jesus prega “como quem tem autoridade”, cura, chama os discípulos a segui-lo, perdoa... todas elas, coisas que no Antigo Testamento são próprias de Deus esomente dele. A pergunta que retorna mais de uma vez no Evangelho de Marcos: “Quem é este que...?”, e que se refere à identidade de Jesus, brota da constatação de uma autoridade diferente da do mundo, uma autoridade cuja finalidade não é exercitar um poder sobre os outros, mas servi-lhes, dar-lhes liberdade e plenitude de vida. E isto até o ponto de por em jogo a própria vida, experimentar a incompreensão, a traição, a recusa, ser condenado à morte, até o estado de abandono na cruz. Mas Jesus permanece fiel a Deus, até o fim.

É então – como exclama o centurião romano aos pés da cruz, no Evangelho de Marcos – que Jesus se mostra, paradoxalmente, como o Filho de Deus! Filho de um Deus que e amor e que quer, com todo seu ser, que o homem, cada homem, se descubra e viva também como seu verdadeiro filho. Este, pela fé cristã, recebe a certeza de que Jesus ressuscitou: não para triunfar sobre os quem lhe refutou, mas para atestar que o amor de Deus é mais forte que a morte, o perdão de Deus é mais forte que todo pecado, e que vale a pena gastar a própria vida, até o fim, para testemunhar este imenso dom.

A fé cristã crê isto: que Jesus é o filho de Deus vindo para dar a sua vida para abrir a todos o caminho do amor. Por isso, tem razão o egrégio Dr. Scalfari, quando vê na encarnação do Filho de Deus o caminho da salvação. Já Tertuliano escrevia “caro cardo salutis”, a carne [de Cristo] é o cardo da salvação. Porque a encarnação – o fato que o Filho de Deus tenha vindo na nossa carne e tenha condiviso alegrias e dores, vitórias e derrotas da nossa existência, até o grito na cruz, vivendo cada coisa no amor e na fidelidade ao Abbá – testemunha o incrível amor que Deus tem por cada homem, o valor inestimável que lhe atribui. Cada um de nós, por isto, é chamado a fazer seu o olhar e a escolha de amor de Jesus, a entrar no seu modo de ser, de pensar e de agir. Esta é a fé, com todas as expressões que são descritas com precisão na Encíclica.

No mesmo editorial de 07 de julho, o Sr. me pergunta ainda como compreender a originalidade da fé cristã enquanto essa tem seu foco precisamente sobre a encarnação do Filho de Deus, em relação a outros credos que, diferentemente, gravitam em torno da transcendência absoluta de Deus.

Eu diria que a originalidade está precisamente no fato que a fé nos faz participar, em Jesus, da relação que Ele tem com Deus que é Abbá e, a esta luz, no relacionamento que Ele tem com todos os outros homens, inclusive os inimigos, no sinal do amor. Em outros termos, a filiação de Jesus, como a apresenta a fé cristã, não é revelada para marcar uma separação insuperável entre Jesus e todos os outros: mas para dizer-nos que, nele, todos somos chamados a ser filhos do único Pai e irmãos entre nós. A singularidade de Jesus é para a comunicação, não para a exclusão.

Disto segue também – e não é pouca coisa – a distinção entre a esfera religiosa e a esfera política que é afirmada no “dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”, afirmada com clareza por Jesus e sobre a qual, com fadiga, se construiu a história do Ocidente. A Igreja, de fato, é chamada a semear o fermento e o sal do Evangelho, o amor e a misericórdia de Deus que atingem todos os homens, apontando a meta ultraterrena e definitiva do nosso destino, enquanto à sociedade civil e política toca a árdua tarefa de articular e encarnar na justiça e na solidariedade, no direito e na paz, uma vida cada vez mais humana. Para quem vive a fé cristã, isto não significa fuga do mundo ou procura de qualquer tipo de hegemonia, mas serviço ao homem, ao homem todo e a todos os homens, a partir das periferias da história e tendo desperto o sentido da esperança que impulsiona a trabalhar pelo bem apesar de tudo e olhando sempre além.

O Senhor me pergunta ainda, na conclusão de seu primeiro artigo, o que dizer aos irmãos judeus a respeito da promessa feita por Deus a eles: esvaziou-se completamente? Este é – acredite-me – um questionamento que nos interpela radicalmente, como cristãos, porque, com a ajuda de Deus, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II, temos redescoberto que o povo judeu é ainda, para nós, a raiz santa da qual germinou Jesus. Eu também, na amizade que cultivei ao longo de todos esses anos com irmãos judeus, na Argentina, muitas vezes na oração interroguei a Deus, de modo particular quando recordava a terrível experiência da Shoah. O que lhe posso dizer, com o apóstolo Paulo, e que nunca se acabou a fidelidade de Deus à aliança feita com Israel e que, através das terríveis provas destes séculos, os judeus conservaram a sua fé em Deus. E por isto, nunca seremos suficientemente gratos a eles, como Igreja, mas também como humanidade. Esses, perseverando na fé no Deus da aliança, recordam todos, também nós cristãos, o fato que estamos sempre na espera do retorno do Senhor, como peregrinos, e, portanto, devemos estar abertos para ele e nunca apoiar-nos no que já tenhamos atingido.

Agora trato das três questões que o Sr. me propôs no artigo de 07 de agosto. Me parece que, nas duas primeiras, o que lhe interessa é entender o comportamento da Igreja com relação aos que não partilham a fé em Jesus. Antes de tudo, me pergunta se o Deus dos cristãos perdoa quem não crê e não busca a fé. Antecipando que – e é o fundamental – a misericórdia de Deus não tem limites se se volta a ele de coração sincero e contrito, a questão para quem não crê em Deus está em obedecer à própria consciência. O pecado, também para quem não tem fé, existe quando se vai contra a consciência. Escutar e obedecer a ela significa, de fato, decidir-se diante do que é percebido como bem ou como mal. E sobre essa decisão se joga a bondade ou a maldade do nosso agir.

Em segundo lugar, me pergunta se o pensamento segundo o qual não existe nenhum absoluto e, consequentemente, nenhuma verdade absoluta, mas somente uma série de verdades relativas e subjetivas, seja um erro ou um pecado. Para começar, eu não falaria, nem mesmo para quem crê, de verdade “absoluta”, no sentido que absoluto é o que é desligado, o que é privado de qualquer relação. Ora, a verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Portanto, a verdade é uma relação! Tanto é verdade, que cada um de nós a compreende e a exprime a partir de si: da sua história e cultura, da situação em que vive, etc. Isto não significa que a verdade seja variável e subjetiva. Ao contrário. Mas significa que ela se dá a nós sempre e só como um caminho e uma vida. Jesus não disse “Eu sou o caminho, a verdade, a vida”? Em outros termos, a verdade, sendo definitivamente uma com o amor, requer a humildade e a abertura para ser buscada, acolhida e expressa. Portanto, é necessário um bom entendimento a respeito dos termos e, talvez, sair da estreiteza de uma contraposição... absoluta, impostar novamente em profundidade a questão. Penso que isto seja absolutamente necessário para entabular o diálogo sereno e construtivo que eu auspiciava no início desse meu dizer.

Na última pergunta, o Sr. me pergunta se, com o desaparecimento do homem sobre a terra, desaparecerá também o pensamento capaz de pensar Deus. Certo, a grandeza do homem está no poder pensar Deus. E no poder viver uma relação consciente e responsável com Ele. Mas a relação existe entre duas realidades. Deus – este é o meu pensamento e esta é minha experiência, mas quantos, ontem e hoje, a condividem! – não é uma ideia, ainda que elevadíssima, fruto do pensamento do homem. Deus é realidade com “R” maiúsculo. Jesus no-lo revela – e vive a relação com Ele – como um Pai de bondade e misericórdia infinita. Deus não depende, portanto, do nosso pensamento. De resto, também quando viesse a acabar a vida do homem sobre a terra – e para a fé cristã, em todo caso, este mundo assim como o conhecemos é destinado a acabar –, o homem não cessará de existir e, de um modo que não sabemos, também com ele o universo criado. A Escritura fala de “novos céus e nova terra” e afirma que, no fim, no onde e no quando que estão além de nós, mas para os quais, na fé, tendemos com desejo e esperança, Deus será “tudo em todos”.

Egrégio Dr. Scalfari, concluo assim estas minhas reflexões, suscitadas pelo que o Sr. quis me comunicar e perguntar. Acolha como resposta provisória mas sincera e confiante ao convite que lhe dirigi de fazer um percurso de caminho juntos. A Igreja, creia-me, apesar de todas as lentidões, infidelidades, erros e pecados que pode ter cometido e pode ainda cometer nos que a compõem, não tem outro sentido e fim a não ser o de viver e testemunhar Jesus: Ele que foi enviado pelo Abbá “a levar aos pobres o alegre anúncio, a proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a vista, e por em liberdade os oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

Com proximidade fraterna,

Francisco