Escrevo estas poucas, simples e humildes reflexões quando ainda faltam 15 dias antes da realização da “Romaria Regional da Terra e das Águas”. Ela será realizada na Diocese de Imperatriz, na Cidade de Açailândia, Bairro de Piquiá, nos dia 10-11 de setembro de 2011. Escrevo “antes”, mas já me coloco no “depois”. As nossas agendas estão estourando de cheias: encontros, cursos, celebrações, seminários, romaria Regional e romarias das comunidades... Toda vez que perguntei a alguém que voltava dum desses encontros: “Como foi o encontro?”, sempre, com pouquíssimas exceções, a resposta veio segura: “Foi bom!”.
O que me deixa um pouco pensativo é o que acontece “depois”: são os famosos desdobramentos ou, melhor, “o que deu depois”, “o que vai dar a seguir”. Porque os momentos de qualquer encontro, curso ou festa, são fundamentalmente três: o antes, o do acontecimento em si e o depois.
O “antes” é muito importante. Neste há encontros de preparação, trabalho de organização, tempo de reflexão, de programação, de divulgação, há procura de dinheiro... O tempo dedicado ao “antes” é essencial: neste momento precisa insistir para ver a coisa acontecer e se realizar do jeito que foi imaginado, pensado e sonhado. É no “antes” que precisa vencer resistências, incompreensões, inventar soluções, usar criatividade, contar com possíveis ou prováveis ou até impossíveis colaborações. O “antes” é parecido com os nove meses de gestação que precedem o parto: sonhos, expectativas, dúvidas, preocupações... Mas o fato vai acontecer e poderemos dizer: “Foi muito bom!”.
O momento da realização do acontecimento é, geralmente, de gratificação. Ao trabalho e à programação segue o resultado: participação maciça de pessoas; animação e entusiasmo de todos; abraços por todos os lados. Neste momento se percebe a alegria de estar unidos, a vivacidade por aprender, construir, realizar o sonho. É o look que faz todo mundo dizer: “Foi muito bom!”.
O momento do “depois” é o mais delicado, o de maior compromisso, além da reorganização e de guardar tudo, pagar as dívidas, fazer o relatório, olhar as fotos (quantas!), numa palavra “recolher os cacos”. As gavetas e as estantes das nossas casas estão lotadas de relatórios empoeirados. Mas desta vez não pode e não deve ser assim.
O Tema da Romaria: “Terra, Águas e Direitos: resistir, defender e construir” e o Lema da mesma: “É tempo de destruir os sistemas que destroem a terra” (Ap. 11,18), apontam para uma situação social extremamente grave e, no mesmo tempo, vital para nós e para a sociedade. A luta consiste no enfrentamento de realidades (poluição, violências, pobrezas, explorações...) que são bombas a relógio prontas a explodir. O tempo está-se quase esgotando.
Na nossa frente estão oposições muito grandes: elas nos oprimem e esmagam.
Nós temos à disposição apenas a nossa garganta para gritar, gritar e gritar para todo mundo ouvir em nome de tantos e tantas pessoas, – pobres em particular e até miseráveis – que já não têm mais força para gritar. Nas mãos nós temos o Evangelho, instrumento divino que venceu tantas lutas, perseguições e organizações perversas. Nós temos mártires que viveram há séculos e mártires dos nossos dias a nos inspirar e encorajar. “Oi. Como foi a Romaria?” A resposta será: “Foi muito boa, porque bem preparada, melhor participada e levada a sério no dia-a-dia”. Desejos mil e parabéns.
O “antes” é muito importante. Neste há encontros de preparação, trabalho de organização, tempo de reflexão, de programação, de divulgação, há procura de dinheiro... O tempo dedicado ao “antes” é essencial: neste momento precisa insistir para ver a coisa acontecer e se realizar do jeito que foi imaginado, pensado e sonhado. É no “antes” que precisa vencer resistências, incompreensões, inventar soluções, usar criatividade, contar com possíveis ou prováveis ou até impossíveis colaborações. O “antes” é parecido com os nove meses de gestação que precedem o parto: sonhos, expectativas, dúvidas, preocupações... Mas o fato vai acontecer e poderemos dizer: “Foi muito bom!”.
O momento da realização do acontecimento é, geralmente, de gratificação. Ao trabalho e à programação segue o resultado: participação maciça de pessoas; animação e entusiasmo de todos; abraços por todos os lados. Neste momento se percebe a alegria de estar unidos, a vivacidade por aprender, construir, realizar o sonho. É o look que faz todo mundo dizer: “Foi muito bom!”.
O momento do “depois” é o mais delicado, o de maior compromisso, além da reorganização e de guardar tudo, pagar as dívidas, fazer o relatório, olhar as fotos (quantas!), numa palavra “recolher os cacos”. As gavetas e as estantes das nossas casas estão lotadas de relatórios empoeirados. Mas desta vez não pode e não deve ser assim.
O Tema da Romaria: “Terra, Águas e Direitos: resistir, defender e construir” e o Lema da mesma: “É tempo de destruir os sistemas que destroem a terra” (Ap. 11,18), apontam para uma situação social extremamente grave e, no mesmo tempo, vital para nós e para a sociedade. A luta consiste no enfrentamento de realidades (poluição, violências, pobrezas, explorações...) que são bombas a relógio prontas a explodir. O tempo está-se quase esgotando.
Na nossa frente estão oposições muito grandes: elas nos oprimem e esmagam.
Nós temos à disposição apenas a nossa garganta para gritar, gritar e gritar para todo mundo ouvir em nome de tantos e tantas pessoas, – pobres em particular e até miseráveis – que já não têm mais força para gritar. Nas mãos nós temos o Evangelho, instrumento divino que venceu tantas lutas, perseguições e organizações perversas. Nós temos mártires que viveram há séculos e mártires dos nossos dias a nos inspirar e encorajar. “Oi. Como foi a Romaria?” A resposta será: “Foi muito boa, porque bem preparada, melhor participada e levada a sério no dia-a-dia”. Desejos mil e parabéns.
Por: Dom Carlo Ellena
Bispo de Zé Doca-MA
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