Papa Francisco no Estado da Palestina: quebra de protocolo e convite inédito
Belém (RV) - Na manhã deste domingo, logo após aterrissar no Estado da Palestina, Papa Francisco fez uma parada fora de programa e rezou diante do Muro da Separação entre Israel e Palestina. À frente das escritas “Palestina Livre” e “Precisamos de alguém que fale sobre justiça”, Papa Francisco observou a altura do Muro da Separação e, logo após, tocou-o e encostou a cabeça recolhendo-se em oração.
Israel começou a construir o Muro da Separação em 2002, chamando-o de Muro de Segurança e com o objetivo de impedir a entrada de terroristas no Estado de Israel. Na fronteira entre Jerusalém e Belém, justamente onde Papa Francisco passou, o muro chega a ter oito metros de altura. Os palestinos que têm permissão para cruzar a fronteira precisam, todos os dias, passar pelo “Check Point” – o mesmo acontece com turistas que atravessam a fronteira para visitar a Basílica da Natividade, em Belém.
Uma imagem histórica que, por enquanto, torna-se o símbolo da passagem de Francisco pela Terra Santa. Todavia, Papa Francisco surpreendeu, mais uma vez, ao anunciar no final da celebração eucarística na Praça da Manjedoura, um convite para que os presidentes da Palestina e Israel, Mahmoud Abbas e Shimon Peres, respectivamente, encontrem-se com o pontífice no Vaticano para um “momento de profunda oração pela paz”.
Durante seu discurso na tarde deste domingo, já em Tel Aviv, Papa Francisco reiterou - desta vez na presença de Shimom Peres - o convite feito na manhã de domingo.
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