OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A UNICIDADE DA IGREJA


    Diante do crescente fenômeno da proliferação das seitas cristãs que se apresentam aos homens como novas herdeiras da Igreja de Jesus Cristo, e também diante da difusão de um incoerente ecletismo que leva a pensar que todas as religiões se equivalem como se não houvesse diferença entre a verdade e o erro, o Magistério da Igreja Católica sustenta e reafirma a verdade da unicidade da Igreja, porque assim como existe um só Cristo, também existe uma só Igreja que Cristo fundou e que subsiste na Igreja una, santa, católica e apostólica. Portanto, os católicos são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica entre a Igreja fundada por Jesus Cristo e a Igreja Católica. Há cinquenta anos, o Concílio Vaticano II afirmou que a única Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro (Papa) e pelos Bispos em comunhão com ele. A Santa Sé explica que com esta expressão “subsiste”, o Concílio Vaticano II quis harmonizar duas afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de Cristo, não obstante as divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja Católica e, por outro, a de que existem numerosos elementos de santificação e de verdade fora da sua composição, isto é, nas Igrejas e comunidades eclesiais que ainda não vivem em plena comunhão com a Igreja Católica. O Magistério da Igreja afirma que “os fiéis não podem, por conseguinte, imaginar a Igreja de Cristo como se fosse a soma - diferenciada e, de certo modo, também unitária - das Igrejas e comunidades eclesiais; nem lhes é permitido pensar que a Igreja de Cristo hoje já não exista em parte alguma, tornando-se, assim, um mero objeto de procura por parte de todas as Igrejas e comunidades. Os elementos desta Igreja já realizada existem, reunidos na sua plenitude, na Igreja Católica e, sem essa plenitude, nas demais comunidades” (Roma, Congregação para a Doutrina da Fé: Declaração Dominus Iesus n° 17).
    As promessas de Jesus Cristo de nunca abandonar a sua Igreja (Mateus 16,18; 28,20) e de guiá-la com o seu Espírito (João 16,13) comportam que, segundo a fé católica, a unicidade e unidade, bem como tudo o que concerne a integridade da Igreja, jamais virão a faltar.
    O devido respeito pela liberdade religiosa e a sua promoção de modo algum podem justificar uma indiferença perante a história bimilenar da Igreja. Pelo contrário, é o próprio amor à Deus e ao próximo que incita os católicos a anunciar a todos a verdade sobre Cristo e sobre a unicidade e subsistência de sua Igreja que para todos permanece una, santa, católica e apostólica. Neste caso não se trata de proselitismo, no sentido negativo atribuído a este termo. Citando o Papa Bento XVI, recentemente o excelentíssimo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, afirmou que “a Igreja Católica cresce não por proselitismo, mas por atração” . Segundo a legislação canônica da Igreja, “jamais é lícito a alguém levar os homens a abraçar a fé católica por coação, contra a própria consciência” (Código de Direito Canônico, cânon 748 § 2).
Luís Eugênio Sanábio e Souza
ESCRITOR

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