OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

ACONTECEU

       ORDENAÇÃO DIACONAL

       No dia 16 de setembro, às 19h30, na Igreja Matriz da Paróquia São Francisco, em Bom Jardim, celebrou-se a Santa Missa com a Ordenação Diaconal do Frei Alessandro Rodrigues da Silva, OFMConv. A celebração foi presidida por Dom João Kot, OMI, e concelebrada por frades da Custódia Provincial São Boaventura do Brasil e padres da nossa Diocese de Zé Doca. A missa contou ainda com a presença de religiosas, seminaristas e familiares do Frei Alessandro e um grande número de fiéis das comunidades e de paróquias onde Frei Alessandro desenvolveu trabalhos pastorais no período em que esteve em formação.

      Composta de vários ritos que expressam a entrega do ordenando a Jesus Cristo e à Igreja, a celebração foi marcada de muita emoção. No final da celebração, muito emocionado, Frei Alessandro agradeceu a todos.

       Como diácono, Frei Alessandro foi designado a realizar o trabalho pastoral na Paróquia São Francisco, em Bom Jardim, na nossa Diocese de Zé Doca.



 





ENCONTRO DE FORMAÇÃO DO CLERO
           O clero da Diocese de Zé Doca esteve reunido nos dias 18 e 19 de setembro no Centro Diocesano São João XXIII em Zé Doca. No primeiro dia, sob orientação da psicóloga Maria de Fátima Gonçalves Matos, de Belém do Pará, o clero refletiu sobre “Estresse: conhecer para superar” e “ autoestima e relações interpessoais”. No segundo dia, o clero celebrou a Eucaristia e se reuniu para analisar alguns pontos da pastoral diocesana, bem como asseverar os próximos eventos da Diocese.






 SÃO PIO DE PIETRELCINA

   Atendendo pedido de Pe. Pedro Eduardo e dos seminaristas, Dom João Kot, OMI, confirmou São Pio de Pietrelcina como Patrono da capela do Seminário Maior Dom Guido Maria Casullo. 

       Desta forma, na memória de São Pio de Pietrelcina, na manhã do dia 23 de setembro, Pe. Pedro Eduardo presidiu solenemente a Santa Missa com os seminaristas na capela do Seminário, agradecendo a Deus pela vida de todos que foram formados no nosso Seminário e que contribuem para que o Evangelho seja anunciado e vivido em nossa Diocese e pedindo a intercessão de São Pio de Pietrelcina, pelas vocações da Diocese de Zé Doca.























segunda-feira, 25 de setembro de 2017

CARTA DE DOM CARLO ELLENA A TODOS DA DIOCESE

          Reverendo e caro Dom João,
          Caríssimos padres,

          Valeu telefonar, hoje, 17 de setembro, ao meio dia, às Irmãs da Sagrada Família na “hora dos amigos” (hora do almoço) – quando há sempre um prato a mais para quem chegar atrasado, que nem eu: por isso fiquei sobrando - e lá encontrar também o nosso Bispo

          Esta carta estava na minha agendinha para ser enviada amanhã, mas foi antecipada.

          Envio lembranças ao senhor Bispo e a todos os padres presentes no encontro. Saudações a todos e orações, em vosso favor, aos vários Padroeiros e Padroeiras das Paróquias que vocês estão servindo: não esqueçam de dar um abraço em todos os vossos paroquianos de minha parte.

          No mês de novembro, se Deus quiser, terei a oportunidade de chegar ao Brasil: tenho um trabalhinho a fazer nos dias (de 1 a 21) que passarei em Castanhal e na Ilha do Marajó, incluindo um pouco de descanso.  Em seguida, lá pelos dias 21 até dia 30 de novembro, darei uma passadinha em Zé Doca e São Luís (pedindo desde já uma hospedagem).

          Viverei esta como a minha última visita, pois estou chegando aos  anos bíblicos. Quem está dizendo isso é a minha Carteira de Identidade. Tudo foi e é Graça de Deus até o ultimo suspiro. Estou consciente das muitas dívidas, que tenho e carrego, para com o Bom Deus, para com vocês, Reverendo Bispo e caros Padres e, sobretudo, para com o povo querido das cidades e dos povoados da Diocese. Será, por isso, uma visita de agradecimento.

          A minha saúde, por enquanto, está boa. Parece-me que estou ainda sendo útil ao povo de Deus destas quatro Paróquias da Cidade de Grugliasco.

          Um abração no Bispo e em todos os Padres e Irmãs das várias Congregações.

          Felicidades.

+ Dom Carlo Ellena
Bispo Emérito

sábado, 23 de setembro de 2017

MENSAGEM DO 4º CONGRESSO MISSIONÁRIO NACIONAL ÀS COMUNIDADES ECLESIAIS DO BRASIL



          

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    Recife (RV) - Vocês serão minhas testemunhas até os confins da terra (cf. At 1,8).

      Reunidos no 4º Congresso Missionário Nacional, de 7 a 10 de setembro de 2017, no Colégio Damas, em Recife (PE), nós, os 700 missionários e missionárias, vindos de todas as regiões do Brasil, fomos fortemente desafiados a testemunhar “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”. A Arquidiocese de Olinda e Recife, com calorosa e fraterna acolhida, levou nosso Congresso para as ruas, antes mesmo de ele ser aberto, com a realização da Semana Missionária, nos seus oito vicariatos, atitude pioneira que enriqueceu nosso encontro. Seremos sempre agradecidos a esta Arquidiocese pela generosidade e disponibilidade que nos dispensou, nesses dias, no autêntico espírito de serviço amoroso e gratuito.

    Aprendemos com o Papa Francisco que “a alegria é o bilhete de identidade do cristão”. Essa alegria foi o espírito que marcou os quatro dias em que estivemos juntos. Ela nasce do Evangelho que liberta e salva; expressa-se na sinodalidade e na comunhão que impulsionam a vida e a missão da Igreja; anima o testemunho e o profetismo que, a partir da cruz de Cristo, apontam para o nosso compromisso de discípulos missionários e missionárias.

  Contemplar a realidade com o olhar de discípulo missionário
     O exemplo dos mártires e profetas, como Dom Helder Câmara, ajudou-nos a olhar para o Brasil, mergulhado numa profunda crise que fere, no coração e na alma, a nós e a tantos irmãos e irmãs empobrecidos, excluídos e descartados.

  Como se estivesse anestesiada, a população brasileira assiste ao fortalecimento de políticas neoliberais que retiram direitos e agravam a situação dos trabalhadores/as, dos povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores e dos que vivem em outras periferias geográficas e existenciais. As reformas trabalhista, previdenciária, política e da educação, bem como a retomada das privatizações mostram que o governo e o Congresso Nacional viraram as costas ao povo. A corrupção e a falta de ética, que atingem tanto a classe política, quanto empresarial e outros setores da sociedade, têm levado o desencanto e a desesperança aos brasileiros e brasileiras.

    Causam-nos indignação a devastação da Amazônia, a degradação da natureza e a violência que ceifa a vida de lideranças, como o assassinato do casal Terezinha Rios Pedrosa e Aloísio da Silva Lara, ocorrido no Mato Grosso nesta semana, e o massacre de indígenas, em agosto deste ano, no Vale do Javari, Amazonas, divulgado enquanto acontecia o Congresso. O decreto do governo que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) é um duro golpe nos direitos dos povos indígenas e no bioma amazônico.

       Essa realidade, longe de nos desanimar, cobra-nos uma ação missionária vigorosa, transformadora, libertadora. Revigorados pelo espírito da Conferência de Medellín que, há 50 anos, deu à Igreja Latino-americana o rosto de uma Igreja em saída, pobre, missionária e pascal, somos motivados a vencer a tentação da indiferença, do comodismo, do desencanto, do desânimo e do clericalismo presentes em muitas de nossas comunidades. Somos guiados pela fé e pela esperança cristãs capazes de reacender, no coração de todos, a chama do amor pela vida, pela justiça e pela paz.

Discernir os caminhos da missão que gera alegria

         A palavra de Deus é luz, sabedoria e força que nos tornam discípulos missionários e missionárias ousados e criativos, mais capazes de colaborar com a transformação de estruturas caducas e a construção de uma nova sociedade, que seja sinal do Reino de Deus em nosso meio. Os documentos da Igreja são também fonte salutar que nos ajudam a compreender melhor a natureza missionária da Igreja. Nesse particular, destacamos as palavras e gestos do Papa Francisco, base do conteúdo deste Congresso. É surpreendente como ele se coloca à nossa frente, a passos largos e rápidos. Ele é, verdadeiramente, um profeta missionário que nos anima na caminhada.

         A missão constitui verdadeiro kairòs, tempo propício de salvação na história. Somos provocados a sair de nós mesmos, deixar nossa terra, tirar as sandálias para “pisar” o solo sagrado do outro, como hóspedes, aqui e além-fronteiras. A proximidade e a reciprocidade levam ao encontro com o outro que faz contemplar o horizonte escatológico do Reino de Deus.
        Na missão, animam-nos o testemunho e o profetismo de tantas mulheres e homens que encontraram sua alegria no Evangelho e a partilharam com os prediletos de Deus na radicalidade da doação de sua vida. Os profetas e mártires são exemplo de coragem e de fidelidade a Cristo e ao Evangelho até o extremo de entregar a própria vida: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 13). Sustentados pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, os missionários e missionárias têm, hoje e sempre, a responsabilidade de não deixar morrer a profecia, lembrando que “o sangue dos mártires é semente de novos cristãos”.

          Na missão, Aquele que chama e envia, bem como a mensagem enviada e seu destinatário são maiores que o enviado, isto é, o missionário. Sem este, no entanto, não há quem seja enviado e a mensagem do amor de Deus não chega a seus destinatários. O missionário, porém, só cumpre autenticamente a missão se caminhar junto com outros missionários, vencendo a tentação do monopólio da Boa Nova, reconhecendo a riqueza da unidade na diversidade e ultrapassando os estreitos limites da Igreja particular para lançar-se ao mundo. No cumprimento da missão, os evangelizadores se lembrem de que sua alegria não está nos prodígios que possam realizar, no sucesso que venham a alcançar, mas em saber que seus nomes estarão inscritos na “memória afetiva de Deus” por terem sido fieis mensageiros do Evangelho (cf. Lc 10,17-20).

Comprometer-se com Jesus Cristo e o Reino de Deus para uma Igreja em saída

         O 4º Congresso Missionário Nacional foi o encontro de irmãs e irmãos que partilharam sua fé, suas lutas, suas angústias, seus sonhos, suas esperanças. Durante todo o tempo, sentimos agir em nós o Espírito Santo, protagonista da missão, reforçando nossa convicção de que ser missionário é uma graça e uma responsabilidade. Por isso, renovamos nosso compromisso com a Infância e Adolescência Missionária e com a Juventude Missionária, em união com as demais expressões juvenis, a fim de que crianças, adolescentes e jovens sejam protagonistas da missão onde quer que estejam.

         Reafirmamos a vocação dos cristãos leigos e leigas como sujeitos na missão. Confirmamos o testemunho das consagradas e consagrados, dos seminaristas, dos ministros ordenados – diáconos, padres e bispos – que cada vez mais assumem a missão como resposta ao chamado de Deus. Impulsionados pela Santíssima Trindade, viveremos esta nossa vocação na sinodalidade e na comunhão, comprometidos com a Igreja em saída que promove o encontro e anuncia a alegria do Evangelho a todos. Assumimos a tarefa de apostar, cada vez mais, nos espaços que nos ajudam a ser uma Igreja sinodal, fortalecendo os organismos e conselhos missionários em todas as instâncias.

     Para a vivência da missionariedade é imprescindível a atitude da escuta. Contribui para isso a formação missionária contínua que alimenta nossa espiritualidade, cria a cultura da missão e contribui para que todos os batizados assumam sua vocação missionária. Assim, onde estivermos iremos ecoar o refrão que ficou gravado em nossos corações: “Tudo com missão, nada sem missão”.

        Deixemos arder em nosso peito o apelo do Papa Francisco: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! (…) Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’ (Mc 6, 37)” (EG, 49).

   Maria, Mãe Aparecida, comunicadora da alegria do Evangelho, caminhe conosco!

Recife, 10 de setembro de 2017 
Participantes do 4º Congresso Missionário Nacional.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A RELIGIÃO DA PALAVRA


        
    No próximo domingo, dia 24, celebraremos o dia nacional da Bíblia, dedicado a despertar e promover entre os fiéis o conhecimento e o amor dos Livros Sagrados, a Palavra de Deus escrita, redigida sob a moção do Divino Espírito Santo, motivando-os para sua leitura cotidiana, atenta e piedosa e, ao mesmo tempo, premunindo-os contra os erros correntes com relação à Bíblia mal interpretada. 

     “Na Igreja, veneramos extremamente as Sagradas Escrituras, apesar da fé cristã não ser uma ‘religião do Livro’: o cristianismo é a ‘religião da Palavra de Deus’, não de ‘uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo’” (Verbum Domini – Bento XVI -, 7)
     
       É de São Jerônimo, o grande tradutor dos Livros Santos, a célebre frase: “Ignorar a Sagrada Escritura é ignorar o próprio Cristo”. Portanto, o conhecimento e o amor às Escrituras decorrem do conhecimento e do amor que todos devemos a Nosso Senhor.  

     O ponto central da Bíblia, convergência de todas as profecias, é Jesus Cristo. O Antigo Testamento é preparação para a sua vinda e o Novo, a realização do seu Reino. “O Novo estava latente no Antigo e o Antigo se esclarece no Novo” (Santo Agostinho). 

      Dizemos que a Bíblia é um livro divino e humano: inspirada por Deus, mas escrita por homens, por Deus movidos e assistidos enquanto escreviam. 

      A Bíblia não é um livro só, mas um conjunto de 73 livros, redigidos por autores diferentes em épocas, línguas, estilos e locais diversos, num espaço de tempo de cerca de mil e quinhentos anos. Sua unidade se deve ao fato de terem sido todos eles inspirados por Deus, seu autor principal e garantia da sua inerrância.

       Mas a Bíblia não é um livro de ciências humanas. Por isso a Igreja Católica reprova a leitura fundamentalista da Bíblia, que teve sua origem na época da Reforma Protestante e que pretende dar a ela uma interpretação literal em todos os seus detalhes, o que não é correto. 

      Além disso, a Bíblia não é um livro fácil de ser lido e interpretado. São Pedro, falando das Epístolas de São Paulo, nos diz que “nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” (II Pd 3, 16). 

     Por isso, o mesmo São Pedro nos adverte: “Sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2Pd 1, 20-21).  Assim, o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita (a Bíblia Sagrada) ou transmitida oralmente (a Sagrada Tradição) foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, que disse aos Apóstolos e seus sucessores “até a consumação dos séculos”: “Ide e ensinai a todos os povos tudo o que vos ensinei... quem vos ouve a mim ouve”. 


Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

LITURGIA: DEVERES E RESPONSABILIDADES DAS PARÓQUIAS


FIAT MISERICORDIA TUA 

Carta circular 01/2017

          Ao Clero, Religiosos, Religiosas, Seminaristas e às Equipes de Liturgia das Paróquias da nossa Diocese de Zé Doca,

          Aproveitando a Carta – circular que os bispos receberam da Congregação de Culto Divino e Disciplina de Sacramentos (os padres e as casas religiosas irão receber a cópia), decidi escrever – lhes e tratar de alguns assuntos importantes sobre a liturgia. No número 01 da Carta – circular é explicada a competência do Bispo, os deveres e as responsabilidades dele para com a vida litúrgica na Diocese. E ao passar quase três anos como Bispo desta Igreja Particular, tenho minhas próprias observações sobre a nossa atuação litúrgica. 

1. Em geral, graças a Deus, não existem grandes abusos na prática litúrgica da Diocese, mas isto não quer dizer que não encontrei algumas coisas que precisam ser prontamente mudadas

2. Nossa pastoral litúrgica está praticamente em coma, sem motivação alguma para avançar. Muitas vezes as Paróquias enviam os participantes para encontros de formação litúrgica e depois não permitem e não acolhem os ensinamentos, ignoram as orientações e não levam a sério as propostas. Neste caso melhor não se desgastar, para que fingir participação e nada fazer?

3. Nenhum de nós inventou a Liturgia da Igreja, logo, nenhum de nós tem direito a mudar a seu bel-prazer, nada. Somos ministros e seguimos as orientações da Igreja, os cultos particularizados não condizem com o espírito de unidade e de culto universal da Igreja Católica Apostólica Romana.  

4. Na Carta – circular se fala do pão e do vinho usados na Missa. Sobre o pão não tenho nada a dizer, porque não parece problema algum. Sobre o vinho é outra coisa. Não é permitido usar outro a não ser vinho chamado “canônico” (na nossa realidade brasileira é mais seguro este). Outros vinhos não cumprem as exigências da Igreja e não podem ser usados para celebração da Missa. 

5. Precisa investir mais e formar melhor nossos coroinhas / acólitos. Percebe se que não conhecem a liturgia da Missa, só executam alguns ritos ensaiados, estão mais preocupados com as vestes e os senhores padres sabem que muitas vezes em peso aparecem nos festejos, sem participar da vida da comunidade paroquial ao longo do ano, inclusive das formações. Não valorizam, porque a gente também faz o mesmo, só que de outra maneira; para não perdê-los aceitamos serviços medíocres e suportamos incompetência. E os frutos estão por aí. 

6. Evite-se nas Missas na hora chamada “ação de graças”, depois da comunhão, apresentações e outros tipos de homenagens. Este momento da Eucaristia é agradecimento pela presença de Jesus Eucarístico recebido na Comunhão e em hipótese nenhuma pode ser desfocado de sua finalidade mais profunda. Depois da oração pós – comunhão, pode se fazer as homenagens preparadas (sempre em sintonia com a liturgia vivenciada e não como apresentação teatral ou algum show religiosamente duvidoso). 

7. Nas Missas festivas e solenes podemos observar que quanto mais invenções mais bagunça acontece. As Missas ficam cansativas e sem espirito de oração. Esquece-se que o nosso povo tem direito de se expressar na liturgia celebrada, mas nunca desfigurar a mesma. Investindo mais na qualidade, iremos fazer uma verdadeira revolução! A criatividade litúrgica tem seus limites e não é saudável quando ignora e rejeita o culto oficial da Igreja; fazendo isto se mostra falta de conhecimento da liturgia católica. 

8. Graças a Deus, não é grande problema o uso de paramentos litúrgicos pelo clero e os que servem nas celebrações. Nos momentos solenes, deve se observar não apenas nossa comodidade, mas também as expectativas do povo.
(Uma vez fui celebrar a Crisma numa Paróquia e levei apenas túnica, estola e mitra. Depois uma irmã “brigou” comigo: Por que o senhor não trouxe casula? Irmã – respondi – a senhora sabe como é quente esta igreja e de casula eu ficaria acabado. E ela disse – Eu entendo Dom, mas eles têm a Crisma uma vez na vida e merecem o melhor... Não preciso explicar mais nada – Eu me paramento não para mim, mas por Deus e para o povo...).

9. Evite-se os paramentos fantasiosos que estão já em desuso. Bom senso aconselha entrar em sintonia com a Igreja toda. Somente porque algo não é proibido, não quer dizer que deve ser usado e na prática causa mais comentários e estranheza, que elogios.  

10. A liturgia da Igreja é riquíssima e abre muitas possibilidades de culto. Podemos celebrar nossa fé não exclusivamente nas igrejas e capelas, mas também nas casas do nosso povo e no ar livre. A celebração Eucarística é uma oração mais perfeita e merece todo o respeito, muita atenção e cuidado para não banalizar o que é divino. Temos muitos outros momentos litúrgicos que precisamos valorizar: as celebrações dos Sacramentos, as celebrações da Palavra de Deus, com ou sem Comunhão Eucarística, a adoração ao Santíssimo Sacramento, os Terços, as Novenas, os encontros de oração da renovação ou dos outros movimentos ou pastorais, as celebrações realizadas nas casas dos enfermos ou nas horas difíceis, como velórios e sepultamentos e também nas horas de alegria abençoando os novos domicílios ou repartições públicas...

11. Nossa liturgia deve ser inclusiva e acolher todos os que querem ajudar nas celebrações. Ninguém pode e deve fazer tudo! Então, o Pároco ou as pessoas por ele autorizadas, procurem abrir as portas e tentar envolver cada um e encontrar o lugar e o serviço na celebração que condiz com a situação particular do indivíduo.
Por exemplo, se alguém não pode receber a Eucaristia, não quer dizer que deve ser reduzido a mero espectador da celebração... Será que nada pode fazer na Missa? A Igreja, povo santo e pecador, celebra os mistérios da salvação! Jesus nos ensina: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios’. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores” (Mt 9,12-13).  

          Amados Filhos e Filhas, meus colaboradores e colaboradoras imediatos, deixo nas vossas mãos estes pensamentos e peço que sejam feitas as correções apontadas e que se faça uma reflexão profunda do assunto, para o bem do nosso povo e nosso também, para que nossas celebrações sejam verdadeiramente liturgias divinas, que nos levam ao encontro pessoal com Deus, com nossos Irmãos e Irmãs e de fato façam da Igreja uma Comunidade de Fé e Amor, para que possam dizer de nós; “Vejam como eles se amam”.

          Com paternal afeto minha bênção vos envio.

 +Dom João Kot, OMI
Bispo de Zé Doca - MA

Zé Doca, 15 de agosto de 2017            
     Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

sábado, 16 de setembro de 2017

ROMARIA DIOCESANA A APARECIDA DO NORTE - SP



FIAT MISERICORDIA TUA 


          A todos os Filhos e Filhas de Deus que fazem à Diocese de Zé Doca, saudações de paz vos envio. 

          Gostaria de lembrar que está chegando a hora da nossa Romaria Diocesana a Aparecida. No dia 26 de setembro iremos embarcar rumo à casa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida levando conosco os agradecimentos e as preces, não apenas nossos, mas de toda a nossa Família Diocesana.
  
          Aos que irão viajar, desejo uma abençoada peregrinação e um feliz retorno! E os que vão ficar, peço: “rezem por nós”, porque nós não vamos vos esquecer. Esta comunhão fraterna chegará ao seu momento máximo na hora da Missa que os romeiros da Diocese de Zé Doca irão celebrar, no sábado, dia 30 de setembro, às 09hs da manhã (provavelmente a celebração poderá ser acompanhada por TV Aparecida). 

          Agradeço de coração a todos que ajudaram e se dedicaram para que pudéssemos encerrar, fechar com esta Romaria Diocesana, o Ano Nacional Mariano. De modo especial, em nome de todos, agradeço ao Padre Nato por coordenar tudo isso - muito obrigado!

          Que Deus nos abençoe e a Mãe Aparecida acompanhe a nossa jornada. Envio minhas bênçãos a todos.

 +Dom João (Jan) Kot, OMI
Bispo de Zé Doca - MA


Zé Doca, 15 / 09/ 2017, Festa de Nossa Senhora das Dores

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

CANONIZAÇÃO DOS MÁRTIRES DE CUNHAÚ E URUAÇU



Breve relato:

          Os mártires de Cunhaú e Uruaçu, vítimas de massacres ocorridos em julho e outubro de 1645 nos municípios de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, devem ser declarados santos pelo Vaticano no dia 15 de outubro. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (20) pela Arquidiocese de Natal.


          Nos dois episódios, mais de 80 fiéis foram brutalmente assassinados por ódio à Igreja Católica. Destes, 30 foram martirizados, incluindo os padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, e mais o camponês Mateus Moreira, que teve o coração arrancado. A maioria das vítimas foi trancada dentro de igrejas, que foram incendiadas por invasores holandeses.

domingo, 10 de setembro de 2017

ACONTECEU... II FESTVOC - FESTIVAL VOCACIONAL


          Com o tema “Como a jovem de Nazaré, discípulos missionários”, e o lema “Deus fez em mim maravilhas (Lc 1,49)", o Serviço de Animação Vocacional Diocesano e as Paróquias de São Francisco – Nova Olinda, São João Batista – Centro do Guilherme, Santa Terezinha do Menino Jesus – Presidente Médici e Santa Luzia – Santa Luzia do Paruá, promoveram no dia 19 de agosto de 2017, o II FEST VOC – Festival Vocacional, na cidade de Santa Luzia do Paruá – MA.

          Este evento teve como objetivo promover o intercâmbio entre os diversos grupos juvenis que atuam nessas Paróquias, com a intenção de conscientizá-los que Deus nos chama e nos envia e que todos, através do Batismo, somos vocacionados a uma resposta livre e sincera ao Senhor da Messe.

          Com a assessoria da Irmã Cícera Gomes da Congregação das Irmãs Paulinas de São Luís, o II FEST VOC transcorreu como um dia intenso de oração, comunhão e dinâmicas usando as modalidades: teatro, música, poesia, dança, desenho artístico e fotografia.

          Juntamente com Padre Francisco Morais, anfitrião do II FEST VOC, Padre Pedro Eduardo e Padre André Luís, respectivamente assessor diocesano e membro coadjutor do Serviço de Animação Vocacional, também estiveram presentes: Padre Joca e Padre Cleber com os noviços da Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada, Irmão Miguel Freitas do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, cinco seminaristas da nossa Diocese (Adriano, Jackson, Madson, Joaquim e Elismar), as religiosas das Congregações das Irmãs Servas da Sagrada Família, Irmãs Franciscanas Missionárias de Susa e Irmãs Missionárias da Santíssima Trindade.

          Nossos seminaristas diocesanos e as Congregações religiosas presentes montaram stands vocacionais, onde os jovens conheceram mais sobre a vocação do padre diocesano e dos religiosos consagrados.

          Concluímos o II FEST VOC, com a oração do terço e a Santa Missa presidida pelo nosso Bispo diocesano, Dom João Kot, OMI.