“Alegrem -se seus pais e glorifique -se a sua mãe, que o deu à luz.” (Pr 23,25)
Quando surgiu?
O movimento mães que oram pelos filhos surgiu pela primeira vez na Paróquia São Camilo em Mata da Praia, em Vitória, Espírito Santo no ano de 2011. Surge da necessidade de mães jovens e com “sucesso” profissional, mas que sentiam que faltava algo em suas vidas. O grupo começou pequeno, mas logo tinha cerca de vinte mães sem formação religiosa, vindas de famílias católicas, que se reuniam uma vez por semana para orar pelos seus filhos.
Quem fundou?
Tudo começou quando Vanessa Campos Ferreira Menin obteve um exemplar do livro “Todo filho precisa de uma mãe que ora” e solicitou à sua mãe Angela Abdo Campos Ferreira que começassem a rezar em família pelos filhos, em sua própria casa. Em um jantar de amigas, compartilhou seu desejo. A Aline Acúrcio disse que gostaria de participar e se encarregou de chamar as primeiras mães. Assim surgiu o grupo coordenado por Angela Abdo e Eudília Serafim, com seis mães que não possuíam experiência em nada semelhante, mas eram movidas por uma vontade muito grande de interceder pelos seus filhos.
ESPIRITUALIDADE DO MOVIMENTO MÃES QUE ORAM PELOS FILHOS
A espiritualidade do movimento manifesta – se bem na sua estrutura que tem na centralidade o próprio Cristo, onde a vivência da Reconciliação, Oração, Palavra, Eucaristia, Penitência e Missão, sem deixar de lado o tripé: obediência, humildade e unidade, devem nos levar ao Senhor. A devoção a Nossa Senhora de La Salete e Santa Mônica São propagadas no grupo, a primeira, remonta a uma aparição que a Virgem fez na Vila de La Salete na França, onde a mesma aparece lacrimejando, vestida de camponesa, e dizendo mensagens de alerta aos jovens.
A história de Santa Mônica é bem conhecida, a mesma, reza pela conversão de Santo Agostinho, seu filho, durante trinta e três anos, derrama um rio de lágrimas.
No momento do encontro também se destaca a oração do Santo Terço, onde se acredita que pelo poder da intercessão de Nossa Senhora de La Salete, as famílias serão restauradas. A meditação da Palavra de Deus é destacada, tendo em vista que na Sagrada Escritura, existem vários exemplos de Mães que assumiram o seu papel e em hipótese alguma foram meras coadjuvantes no contexto familiar. Quem não lembra de Sara, esposa de Abraão, que soube esperar, ela esperou quinze anos até que fosse lhe prometido seu filho Isaac (Gn 11, 30). Como não lembrar de Agar, a mãe que suportou, uma escrava egípcia que concebendo Ismael, seu status social havia mudado, a mesma não podia dizer nada (Gn 21, 17). Lembramos também de Rebeca, a mulher que acreditou, aquela que ao engravidar de duas crianças, os sentiu se digladiar no seu ventre, onde a promessa bíblica dizia que era a origem de dois povos, o irmão mais velho iria servir ao mais novo (Gn 25, 22). Tem - se consciência nesse movimento que a Virgem Maria assume um papel de destaque, ela, Mãe por excelência e Mãe do Salvador, Virgem, soube entender o projeto salvífico, mulher do silêncio e da oração.
Não podemos esquecer do momento Nazaré, no contexto do encontro, onde aprendemos que na Escola de Nazaré o silêncio é importante, onde o trabalho não deve ter uma finalidade em si mesmo, e a infância é o momento crucial da vida do filho onde deve ser norteado por uma espiritualidade materna.
O MOVIMENTO MÃES QUE ORAM PELOS FILHOS NA DIOCESE DE ZÉ DOCA
O movimento Mães que que Oram pelos Filhos está contido nas seguintes Paróquias na nossa
Diocese:
1. Paróquia de Santa Luzia, em Santa Luzia do Paruá
Nessa foi onde começou na nossa Diocese, no dia 09 de Agosto de 2018. A abertura solene teve a presença de 105 mães, tendo como coordenadora Sandra Sá Silva. O movimento permaneceu durante um bom tempo com uma quantidade bem significativa de membros, chegando a ter 35 participantes.
2. Paróquia São João Batista e Nossa Senhora de Nazaré, em Luís Domingues
Nessa Paróquia começou em Outubro de 2018, com a vinda da coordenadora Diocesana Sandra Lacerda. Foram escolhidas 05 mães para estarem à frente do Movimento sendo a coordenadora a mãe Maria Julinda, tendo como participantes um total de 18 mães.
3. Paróquia São João Batista, em Junco do Maranhão
Aos 16 de Abril de 2021, às 19:30 houve a reunião de criação do grupo Mães que oram pelos filhos na Paróquia São João Batista. Contou com a presença de 09 mães. Atualmente existe um total de seis grupos em toda a Paróquia.
4. Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Maracaçumé
Nessa Paróquia, o movimento começou em 2019, mas devido à pandemia, deixaram de se reunir. Foi no dia primeiro de Novembro de 2023 que o padre Marcio Júnior convidou algumas mães sem nenhuma função na Paróquia para recomeçarem o grupo. Foi realizada uma reunião para escolherem uma coordenação.
Dona Régia foi escolhida como coordenadora e Ivanis, sua vice, sendo escolhida como secretária dona Alzilene. Foi explicado como surgiu o movimento e o seu objetivo principal que é orar pelos filhos. Na Paróquia esse movimento é composto por 22 mães.
O padre falou sobre o poder da oração e as graças que podemos obter através do grupo. Além disso explicou sobre a Padroeira do movimento, que é Nossa Senhora La Salete.
Ainda assim, explicou o sentido da imagem que representa o grupo e sobre o terço do perdão como uma das orações principais do movimento e finalizou com a benção da imagem da Padroeira do movimento. Logo após a oração do Pai Nosso, Salve Rainha, Oração do Pecador, consagração a Nossa Senhora e benção final.
O Diretor Espiritual
O Pe. Márcio Júnior, foi escolhido como o primeiro diretor espiritual do movimento Mães Que Oram Pelos Filhos no dia 28 de Maio de 2024, a nomeação aconteceu no Centro Diocesano São João XXIII, em Zé Doca – (MA). O Bispo falou da necessidade de um diretor espiritual, pois conforme ele o movimento está crescendo na Diocese. Então pediu aos sacerdotes que tivessem o movimento em suas paróquias que se reunissem e indicassem entre eles um que pudesse acompanhar os grupos na Diocese. Então reuniram-se: Pe. Francisco Moraes, Pe. José Raimundo da Silva, Pe. Josenildo e o próprio Pe. Márcio Júnior. Sendo assim, ficou confirmado e aprovado pelo Bispo que o Pe. Márcio Júnior seria o diretor espiritual. Deste modo, Pe. Márcio Júnior têm buscado dar identidade ao movimento na Diocese com formações e espiritualidade. E também expandir o movimento nas paróquias.
Texto: Pe. Marcio Junior