NA OCASIÃO DO RETORNO DE FREI DOM LUÍS D’ANDREA NA CASA DO PAI
Quando recebi a notícia do falecimento de Dom Luís D’Andrea no dia
8 de setembro de 2012 em Roma, confesso que a minha imaginação ficou solta e
vagou durante um bom tempo.
O Paraíso não é um lugar físico que se possa indicar com as famosas coordenadas geográficas levando em conta os meridianos e os paralelos. É um modo para indicar onde está Deus e quantos merecem, no fim da vida, viver e gozar da presença dele. Está no Evangelho.
O Paraíso não é um lugar físico que se possa indicar com as famosas coordenadas geográficas levando em conta os meridianos e os paralelos. É um modo para indicar onde está Deus e quantos merecem, no fim da vida, viver e gozar da presença dele. Está no Evangelho.
Dom Luís ao entrar na casa do Pai, o Paraíso, certamente
desencadeou uma grande festa.
Os anjos, entidades a serviço de Deus e dos homens, se alegraram
por receber mais um filho de Deus para morar definitivamente com eles.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo receberam de braços abertos, num
abraço bem apertado e cheio de comoção, um filho por eles criado, chamado a uma
grande missão, nos quase oitenta anos de existência, cumprida com carinho,
dedicação e totalmente dedicada ao serviço dos homens. Dom Luís se deixou
trabalhar por Deus, que fez dele uma obra-prima: evangelizador, humilde,
servidor dedicado e fraterno: ele espalhou pelo mundo bondade e serenidade.
Sofreu com certeza, em alguns momentos, mas a ajuda de Deus o sustentou e
venceu.
Imagino o encontro de Dom Luís com o Pai Francisco de Assis. Os
dois “franciscanos” trocando abraços, sorrisos, fortes apertos de mão; um
olhando nos olhos do outro partilhando alegria e satisfação do dever cumprido;
um comunicando ao outro a alegria de ter investido os dons recebidos de Deus
para o bem da humanidade; um contando ao outro a beleza de uma vida cristã
vivida a plenos pulmões.
Os encontros continuaram e nunca irão acabar: São Pedro, Nossa
Senhora, São Paulo, familiares e outros companheiros de vida franciscana,
amigos conhecidos, evangelizados e servidos nestas terras do Maranhão,
inclusive muitos de Zé Doca encaminhados e acompanhados por ele no caminho da
salvação.
Talvez, lá no Paraíso, algumas lágrimas escorreram dos olhos de
Dom Luís: afinal se pode também chorar de alegria e a do reencontro é tamanha
que só o céu pode contê-la. Aqui, em Zé Doca, em Caxias, na Ordem franciscana,
as lágrimas significam ainda a tristeza de ter perdido – mas não por muito
tempo – um amigo que só fazia pensar em Deus.
Valeu a pena, Dom Luís. Valeu mesmo.
Descanse em paz.
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