Comunicado Episcopal
Nº 04/2020
Amado Povo de Deus da Diocese de Zé Doca, saudações de paz e saúde, com minhas orações e bênçãos envio.
Sobre as coletas
1. Falar de dinheiro, na vida da Igreja nunca foi fácil e se torna mais difícil ainda no tempo em que vivemos e nos desafios que enfrentamos. Mas, não é evitando o tema delicado que resolveremos alguma coisa. Com serenidade e maturidade, abordaremos o assunto.
Nossa Igreja se sustenta e vive das doações do nosso povo, através das ofertas, das coletas e dos dízimos. Com as arrecadações, os párocos precisam manter as igrejas, as capelas, a casa paroquial e os outros ambientes paroquiais. Também precisam honrar com os salários das pessoas que estão prestando serviços essenciais. A Diocese, ao receber as contribuições paroquiais, precisa manter a Cúria, os Seminários, o Centro Diocesano (no que se refere aos prédios), bem como os nossos funcionários, as mensalidades dos seminaristas nas faculdades, os formadores e o bispo.
2. Estamos sustentando também as ações evangelizadoras e ajudando nos encontros de formação das lideranças leigas. É verdade que muitas pastorais tentam se manter autônomas nas suas caminhadas e por isso agradecemos. Um dos exemplos disso é nossa Escola Diaconal, que depois do investimento inicial que a Diocese fez, se tornou autossustentável.
3. Estas são as informações básicas, que não tenho dúvidas que os nossos fiéis diocesanos compreendem. Nunca e ninguém, na nossa Igreja foi obrigado a fazer algumas destas contribuições. Sempre pedimos e apelamos para a consciência responsável do nosso povo, e tenho certeza - a pandemia não irá mudar isso. Todos estamos no mesmo barco e todos enfrentamos as mesmas dificuldades. Não prometemos pelo dinheiro doado nenhuma graça, não garantiremos nenhum milagre pela contribuição. A Igreja não vende a salvação e não troca as bênçãos pelo dinheiro. Tudo isso, Deus é quem gratuitamente concede aos seus filhos e nenhuma riqueza no mundo as compra.
4. Agradeço a vocês, meus Irmãos e minhas Irmãs na fé, pela colaboração e compreensão. Tudo o que for contribuído, de uma ou de outra forma, volta para vós, seja através de uma igreja ou capela segura e limpa; quando a energia é paga podem utilizar a iluminação, os ventiladores ou até climatização; usufruir dos bancos e outro material litúrgico, bom som; ser atendidos na secretaria paroquial, ter um padre, e às vezes as irmãs, para os serviços religiosos.
5. A administração das finanças na Igreja deve ser feita de forma séria, transparente e, em observância as leis civis e canônicas, por isso a obrigatoriedade do Conselho Econômico nas paróquias e na Diocese. A participação das lideranças no Conselho Econômico Paroquial, ajuda no crescimento da credibilidade da administração paroquial.
6. Agradeço aos nossos padres: no tempo da pandemia cortamos nossas côngruas, limitamos nossas despesas. Os párocos estão fazendo o possível para manter as paróquias funcionando. Os seminários também estão poupando as despesas (seguindo o exemplo do clero, despesas concretas foram reduzidas).
7. Na Igreja existem algumas coletas obrigatórias ao longo do ano. Umas são universais, feitas no mundo todo (Lugares Santos, Óbolo de São Pedro e Campanha Missionária), outras apenas no Brasil (Campanha da Fraternidade e Campanha para a Evangelização) e uma diocesana (uma vez por ano a paróquia faz a coleta para os seminários). As paróquias devem informar os fiéis sobre as coletas, explicar sua finalidade e depois enviar a Diocese, que faz devidos repasses.
8. A Santa Sé e CNBB atualizaram as datas destas coletas solidárias. Informei sobre isso no comunicado publicado em 18 de abril de 2020. Agora gostaria de repassar os últimos ajustes nas datas:
- Óbolo de São Pedro – o Santo Padre estabeleceu que, para este ano de 2020, a coleta do Óbolo de São Pedro, será transferida em todo o mundo para o 27º domingo do tempo comum, 4 de outubro, dia dedicado a São Francisco de Assis.
- Lugares Santos – Conforme a correspondência da Congregação para as Igrejas Orientais, esta coleta ocorrerá, no dia 13 de setembro, domingo anterior à Festa da Exaltação da Santa Cruz.
- Missões e Santa Infância – Até segunda ordem, esta coleta ocorrerá como previsto, ou seja, em 18 de outubro.
- Campanha da Fraternidade e para a Evangelização – Depois de ouvir os bispos, optou-se por uma única coleta e não duas separadamente. Esta única coleta acontecerá na Solenidade de Cristo Rei, abrangendo também as missas da parte da tarde do sábado, ou seja, nos dias 21 e 22 de novembro de 2020.
- Coleta Diocesana para os seminários – deixo a critério dos párocos e dos conselhos paroquias, quando e se pode se fazer.
- Algumas paróquias já realizaram umas coletas anuais, então peço que a Contabilidade da Diocese, seja devidamente avisada (os comprovantes apresentados).
9. Para concluir, agradeço a todos pela colaboração material e espiritual com a nossa Igreja diocesana. Agradeço aos nossos padres pela administração responsável e cuidadosa dos recursos da Igreja.
Este tempo nos revela a importância de cada um e o valor de cada doação. Não sairemos desta provação sem solidariedade fraterna, juntos não apenas sobreviveremos, mas venceremos, e venceremos com dignidade.
Deus vos abençoe: em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santo+. Amém.
Dom João Kot, OMI
Bispo Diocesano
Zé Doca, 12 de maio de 2020.
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