OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

O MAL DA CORRUPÇÃO




                                                    Dom Fernando Arêas Rifan*

A corrupção é considerada pela ONU o crime mais dispendioso de todos, causa de muitos outros. A corrupção propicia a ocupação de cargos por pessoas indignas, manobras políticas, compra de votos, licitações desonestas, o desvio, a malversação e o desperdício do dinheiro público, a impunidade, o tráfico de drogas, a sua veiculação nos presídios etc.

Certa vez, um rei perguntou aos seus ministros a causa de o dinheiro público não chegar ao seu destino como quando saiu da sua fonte. Um ministro mais velho, sentado na outra cabeceira da mesa, tomou uma grande pedra de gelo e pediu que a passassem de mão em mão até o Rei. Quando a pedra lá chegou estava bem menor. O ministro então disse: é essa a explicação: “passa por muitas mãos e sempre deixa alguma coisa”.  
       
     “Aquele que ama o ouro não estará isento de pecado; aquele que busca a corrupção será por ela cumulado. O ouro abateu a muitos... Bem-aventurado o rico que foi achado sem mácula... Quem é esse homem para que o felicitemos? Àquele que foi tentado pelo ouro e foi encontrado perfeito está reservada uma glória eterna:... ele podia fazer o mal e não o fez” (Eclo 31, 5-10). São palavras de Deus para todos nós.

Ao ler o título desse artigo, pensa-se logo nos políticos. Mas há muita gente, fora da política, que se enquadra nesse título: quantos exploradores da coisa pública, quantos sugadores do Estado, que não são políticos! Aí se enquadram todos os profissionais ou amadores que se corrompem pelo dinheiro.  Quem vota por dinheiro é corrupto. Quem vota apenas por emprego próprio é corrupto. Quem corre atrás dos políticos para conseguir benesses espúrias é corrupto. 

O Papa Francisco tem insistido sobre a diferença entre pecado e corrupção, entre o pecador e o corrupto. Segundo ele, pecadores somos todos nós, mas o corrupto é aquele que deu um passo a mais: perdeu a noção do bem e do mal. Já não tem mais o senso do pecado. Os corruptos fazem de si mesmos o único bem, o único sentido; negando-se a reconhecer a Deus, o sumo Bem, fazem para si um Deus especial: são Deus eles mesmos. O Papa lembrou que São Pedro foi pecador, mas não corrupto, ao passo que Judas, de pecador avarento, acabou na corrupção. “Que o Senhor nos livre de escorregar neste caminho da corrupção. Pecadores sim, corruptos, não.” (Homilia, 4/6/2013).

A Igreja proclamou padroeiro dos Governantes e dos Políticos São Tomás More, “o homem que não vendeu sua alma”, exatamente porque soube ser coerente com os princípios morais e cristãos até ao martírio. Advogado, Lorde Chanceler do Reino da Inglaterra, preferiu perder o cargo com todas as suas regalias e a própria vida a trair sua consciência.

     No atual clima de corrupção e venalidade que invadiu o sistema social, político, eleitoral e governamental, possa o exemplo de Santo Tomás More ensinar aos políticos, atuais e futuros, e a todos nós, que o homem não pode se separar de Deus, nem a política da moral, e que a consciência não se vende por nenhum preço, mesmo que isto nos custe caro e até a própria vida.


*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney


segunda-feira, 18 de abril de 2016

MENSAGEM DA CNBB PARA AS ELEIÇÕES 2016


        “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24)

          Neste ano de eleições municipais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil.

          Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência discriminação e mentiras; e com oportunidades iguais para todos. Só com participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível a realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município onde cada pessoa mora e constrói sua rede de relações. Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta.

          A política, do ponto de vista ético, “é o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre indivíduos, grupos, nações que ofereçam condições para a realização do bem comum”. Já do ponto de vista da organização, a política é o exercício do poder e o esforço por conquistá-lo, a fim de que seja exercido na perspectiva do serviço.

          Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando fé e vida, a cidadania não se esgota no direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos.

          As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política, é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem.

          Para escolher e votar bem é imprescindível conhecer, além dos programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se “conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”2. Dos legisladores, os vereadores, requer-se “uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo”3.

          É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. A Lei da Ficha Limpa há de ser, neste caso, o instrumento iluminador do eleitor para barrar candidatos de ficha suja.

          Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade como, por exemplo, a defesa do direito de crianças e adolescentes. Pode ser inovador e eficaz elaborar projetos de lei, com a ajuda de assessores, e solicitar a adesão de candidatos no sentido de aprovar os projetos de lei tanto para o executivo quanto para o legislativo.

          É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. Além disso, estanca uma das veias mais eficazes de corrupção, como atestam os escândalos noticiados pela imprensa. Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de “Caixa 2”, tão comum nas campanhas eleitorais.

          A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crime eleitoral que atenta contra a honra do eleitor e contra a cidadania. Exortamos os eleitores a fiscalizarem os candidatos e, constatando esse ato de corrupção, a denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, conforme prevê a Lei 9840, uma conquista da mobilização popular há quase duas décadas.

          A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé. Promova-se a renovação de candidaturas, pondo fim ao carreirismo político. Por isso, exortamos as comunidades a aprofundarem seu conhecimento sobre a vida política de seu município e do país, fazendo sempre a opção por aqueles que se proponham a governar a partir dos pobres, não se rendendo à lógica da economia de mercado cujo centro é o lucro e não a pessoa.

          Após as eleições, é importante a comunidade se organizar para acompanhar os mandatos dos eleitos. Os cristãos leigos e leigas, inspirados na fé que vem do Evangelho, devem se preparar para assumir, de acordo com sua vocação, competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, como o da Educação, Saúde, Criança e Adolescente, Juventude, Assistência Social etc. Devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município. Estejam atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres.

          Confiamos que nossas comunidades saberão se organizar para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum.  

          Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia.

          Aparecida - SP, 13 de abril de 2016

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

                                        Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
                                        Arcebispo São Salvador da Bahia
                                        Vice-Presidente da CNBB

                                                                                Dom Leonardo Ulrich Steiner
                                                                                Bispo Auxiliar de Brasília
                                                                                Secretário-Geral da CNBB

sexta-feira, 8 de abril de 2016

NO FALECIMENTO DE PADRE ANTÔNIO DI FOGGIA In memoria

Caros e caras, envio ao Bispo Dom João OMI e ao Vigário Geral Mons. Brito: por conhecimento e para, se quiserem livremente, publicar no blog.

Envio ao Padre Elio De Luca e às Irmãs Oblatas (não tenho endereço da Irmãs superiora de São Luís à qual peço encaminhar) por conhecimento. Agradeço e desculpem. Um abraço. Dom Carlo


NO FALECIMENTO DE
PADRE ANTÔNIO DI FOGGIA
In memoria

Poucos dias atrás, dia 02 de abril de 2016, recebi uma mensagem via SMS, coisa que me acontece poucas vezes. Não tenho muita intimidade com estes meios mediáticos para mim sofisticados. Ignorância minha, mas... o que fazer? Normalmente é o telefone que me avisa das coisas boas ou menos boas. Assim logo se sabe quem está falando, o que está acontecendo, como aconteceu e, neste caso específico, hora e lugar do enterro. O texto dizia, na língua italiana: “Hoje, ao amanhecer, na casa do clero de Troia, passou à paz e à glória eterna Pe. Antônio Di Foggia. Abraços, Rezemos e agradeçamos aos Senhor. Bênção”.

Pensei: com certeza esta mensagem vem do Brasil. Mas Padre Antônio agora está na Itália. O texto era em língua italiana. Só podia ser o Pe. Elio De Luca, amigo de Padre Antônio, que quis avisar a mim também muito amigo do Pe. Antônio. Enviei logo uma mail ao Padre Elio, mas não tive ainda resposta. A confirmação da notícia veio do blog da Diocese de Zé Doca (Brasil): ele anunciava o falecimento do amigo comum e amigo, muito amigo, da Diocese de Zé Doca.

Eu o conheci e o encontrei, pela primeira vez, no fim do mês de novembro do ano 1974, ao chegar a São Luís e vindo diretamente da Itália para trabalhar como missionário “Fidei Donum” com o Bispo Dom Guido Maria Casullo. Lembro muito bem aquele encontro: eram 19 horas da noite, no Bairro Monte Castelo, na casa “Lar Nazaré”. Era a casa “ponto de referência” dos Padres da Prelazia de Cândido Mendes. Lá morava Dom Guido e , provisoriamente para recuperar a saúde depois de uma doença, também Padre Antônio e algumas Irmãs entre as quais  a Irmã Luciana – irmã de sangue de Padre Antônio e Irmã Oblata do Sagrado Coração de Jesus.  Saudações, palmas de boas vindas, abraços ... janta e conversa informal. Pela manhã, depois do café, o Padre Antônio me entrega uma máquina de escrever dizendo: “Nós temos um Boletim mensal imprimido manualmente para comunicar avisos, fazer umas reflexões...; ele deve ser enviado às Paróquias depois de amanhã. Seria muito bonito o senhor escrever alguma coisa sobre a sua viagem, as primeiras impressões sobre a Cidade que amanhã iremos visitar. Aqui está a máquina e umas folhas. Deve ser em língua portuguesa. Dê o seu jeito”.

Este é o Padre Antônio que eu conheci ao chegar ao Brasil. Ele tinha chegado seis anos antes naquela imensidão do mundo que era a Prelazia de Cândido Mendes; ele mais Padre Giovanni Scremin, Padre Dante Barbante, Padre Attilio Pedale, Padre Luciano Gariglio, Padre Mário Racca e Dom Guido. Total de Km ² 33.000, apenas 10 vezes menor do que a Itália, com 20 Municípios e 350.000 moradores. O Padre Antônio, com estes primeiros Padres “Fidei Donum”, foi um dos primeiros a levar o Evangelho nestas terras, depois da presença evangelizadora dos Padres franciscanos que, vindos Turiaçu montando burros e bois, passavam uma vez por ano dando palestras, confessando, celebrando Missa, batizando, casando... e indo para frente para outro povoado. O Evangelho ao pé da letra.

Hoje a notícia do falecimento. Deu-me tristeza! 
Pensei, por um momento, de poder participar dos funerais, atravessando, do Norte ao Sul, a Itália toda. Não deu: fiquei rezando pelo amigo e lembrando-o ao Senhor e à infinita Misericórdia dele; desejando paz, serenidade, boa acolhida na casa do Pai e no lugar preparado por Cristo a quantos o servem de coração sincero.

E imaginei a grande festa que se estava realizando no Céu naquele momento.

O abraço do Trindade Santa ao seu filho Antônio; o Pai olhando com carinho e com alegria, bem nos olhos, Padre Antônio, que aguenta o olhar profundo e intenso e agradecido do Pai; Padre Antônio com as mãos cheias de flores, sinais e símbolos de tantas lutas, caminhadas de pé, de barco, de cavalo e... de carro pelos campos e matas do Maranhão, está entregando ao Pai a prestação de um trabalho-serviço de muitos anos em favor do povo de Turiaçu, de Cândido Mendes, Godofredo Viana, Pilões, Turilândia; serviço feito de Encontros, Cursos sem fim, Assembleias, Planos de pastoral, Iniciativas vocacionais para rapazes e moças, Profissionalização de jovens nas EPAS (escolas para agricultores),  Escolas para formação à p resença de Leigos na política, nos Sindicatos, na animação das Comunidades de Base, nas construções de Igrejas e Capelas para o Culto, de casas para a moradia de Padres, Irmãs e pobres; sobretudo Padre Antônio apresentando ao Pai um povo catequisado, numerosíssimo, que conhece, agora, mais a Cristo, o ama, leva a notícia do amor dele (é o Evangelho) a outros, que no meio da sociedade são sementes de valores e fermento de vida nova.

Imagino o abraço com a Irmã Luciana (irmã de sangue e também irmã consagrada na “Congregação das Oblatas do Sagrado Coração de Jesus”), com a Irmã Tomásia e outras: trabalharam juntos a serviço da Prelazia de Pinheiro antes, de Zé Doca depois, voltaram para a Diocese de Pinheiro e agora novamente estão na Diocese de Zé Doca, em Governador Nunes Freire e, enfim, novamente na Diocese de Pinheiro.

Imagino o abraço de Padre Antônio com o seu Bispo Dom Guido Maria Casullo, falecido em janeiro de 2004: para ele Padre Antônio foi amigo, filho, conselheiro, secretário, confidente nos momentos alegres (poucos) e nos momentos difíceis (tantos). Era o tempo das lutas pelos problemas da terra, de exproprio injusto de propriedades de lavradores, de injustiças pelas invasões e derrubamento de casas do povo simples e humilde, de prisões arbitrárias... Padre Antônio sempre esteve ao lado do Bispo Dom Guido. E nunca faltou o apoio do Presbitério.

Por isso digo: a morte de Padre Antônio não deve nos levar à tristeza – que é normal, pois os afetos humanos ficam quebrados -, e sim a uma festa solene pelo encontro dele com a Trindade Santa, com Nossa Senhora e tantos santos, acompanhado por uma longa procissão de povo que o reencontra, o abraça, o agradece e torce por ele. É a festa que dá sentido ao nosso viver aqui na terra fazendo o bem: “... estava com fome... estava com sede...”,  precisava de saúde, precisava de instrução, educação, conforto, conselho... e você estava “presente” perto do menor dos meus.

O Padre Antônio esteve presente - quer dizer artífice e articulador – na evangelização do nosso povo nos vários momentos importantes de desenvolvimento da nossa Diocese de Zé Doca.

Foi presente quando parte do território da Prelazia de Pinheiro foi desligado e se tornou Prelazia de Candido Mendes, com sede episcopal e Catedral naquela cidade do Litoral: afinal os Municípios estavam todos no Litoral, rodeados de centenas de povoados sem assistência religiosa ou certamente insuficiente. O restante do território era simplesmente mata, floresta e pastagem.

Também quando a mesma Prelazia se tornou Diocese de Zé Doca, Padre Antônio estava lá prestando o seu serviço na articulação.

Foi presente quando, devido à construção da BR-316 e consequente aumento da população dos povoados ao longo da mesma, se percebeu a necessidade de transferir a sede da Diocese para Zé Doca, a Cidade mais populosa, embora não geograficamente central. O território da Prelazia tinha aumentado, por outros motivos, recebendo os Municípios de Bom Jardim, Chapéu de Couro (agora Governador Newton Bello) e Zé Doca mesmo.

Foi presente quando, por causa da imensa dificuldade de comunicação entre a Cidade de Turiaçu e a sede de Zé Doca, percebeu-se a necessidade de entregar esse território para a Diocese de Pinheiro.

Uma história à parte, e muito bonita, poderiam contar as Irmãs da “Congregação das Oblatas do Sagrado Coração de Jesus”. Com elas trabalhou bastante e por muitos anos; delas foi formador, animador, conselheiro,  pai que amaram e foram amadas.

Agora a Diocese de Zé Doca tem um Bispo novo, forte, que leva á frente os projetos e planos que Padre Antônio e outros (Bispos, Padres, religiosos/as e Leigos) pensaram e acalentaram no coração.

Fala, Padre Antônio, a Deus em favor desse povo bom; seja, para nós todos, intercessor. Agradecemos-te, e... seja festa grande lá no céu.

Seja feliz, Padre Antônio. Palmas para você e... nos aguarde.
Um abraço de todos nós de Zé Doca, que foi o teu primeiro amor.

+ Carlo Ellena - emérito


sábado, 2 de abril de 2016

NOTA DE FALECIMENTO


          É com grande tristeza que a Diocese de Zé Doca, recebeu hoje pela manhã, 02 de abril de 2016, a notícia do falecimento de Padre Antônio di Foggia, ocorrido hoje na Itália.

          Padre Antônio di Foggia, nasceu em 06 de outubro de 1922 em Orsara, Itália. Foi ordenado sacerdote em 22 de julho de 1951, atuou em sua diocese de origem como pároco até 1968, quando veio ao Brasil como missionário “Fidei Donum”. Padre Antonio atuou em varias paróquias da então prelazia de Candido Mendes, hoje diocese de Zé Doca. Mas foi em Turiaçu, até então pertencente a esta prelazia de Cândido Mendes, que ele desenvolveu a maior parte de sua missão sacerdotal.

          Um homem que dedicou parte de sua vida ao povo de nossa Diocese, que lutou pelos pobres e doou sua vida à Igreja e a tantos irmãos e irmãs marginalizados, um homem de fé e de luta.

          Devido a problemas de saúde, Padre Antônio voltou à Itália em setembro de 2014, e lá viveu seus últimos dias até a madrugada de hoje, quando o Pai o chamou para a morada eterna.

          A nossa Diocese agradece de todo coração ao Padre Antônio di Foggia, por uma vida doada por amor ao povo maranhense. Que Deus o acolha na sua infinita misericórdia (Rezemos: Pai Nosso, Ave Maria e Glória em sua memória).

          Descanse em paz Padre Antônio!