Padre Paulo Ricardo Pároco da Paróquia de Governador Newton Bello - MA
Tema do dia:
Crisma
os sete dons do Espírito Santo:
o espírito de Sabedoria, que é a capacidade e a faculdade de ver as coisas como Deus as vê, de julgar as coisas como Deus as julga, de sentir as coisas como Deus as sente;
o espíto do Intelecto ou de Inteligência, que consiste no entender direito a mensagem de Deus transmitida pela Bíblia Sagrada; que se realiza em recordar tudo o que Cristo disse e relembrar a mensagem no tempo certo;
o espírito de Ciência, quer dizer a faculdade de religiosamente devolver a Deus a autoria das coisas bonitas que existem, das leis da natureza descobertas e aproveitadas pela humanidade ao longo dos tempos: leis que desde o começo estavam lá, nas coisas, mas escondidas, sabendo aplicá-las segundo o plano de Deus e tendo como finalidade somente o bem;
o espírito de Conselho, quer dizer saber discernir, separar, descobrir e escolher o que é bom, como também saber aceitar o conselho bom de alguém, pois sempre há algo para aprender; quer dizer também saber aconselhar não visando apenas as coisas humanas ou materiais, não visando o próprio interesse – sobretudo quando há em jogo a vocação dos filhos/as -, mas visando o plano de Deus, o que é bom para a pessoa aconselhada em vista do Reino;
o espírito de Fortaleza, que não é força física (claro), mas força espiritual, da vontade orientada para o bem e tendo a coragem em enfrentar; o Espírito Santo dá a força necessária e suficiente para assumir a fé cristã com consciência e maturidade como uma escolha pessoal; dá a força para viver a fé, também quando ela comportar enfrentamento de dificuldades e sacrifício - mártires de ontem e de hoje - para defender a fé contra qualquer tipo de negação, gozação ou desprezo; enfim dá a força para propagar, evangelizar, viver a missão levando a todos a mensagem de Cristo contida no Evangelho; dá a fortaleza necessária para viver os valores cristãos da honestidae, sinceridade, verdade, do respeito para todos, da partilha para com quem precisa, cumprindo com o próprio dever;
o espírito de Piedade, que não significa ter pena de algo ou de alguma pessoa, e sim significa com-paixão (sofrer com alguém e se alegrar com alguém); o espírito de Piedade é o conjunto di todas as virtudes (pietas ad omnia utilis est, quer dizer, a piedade serve para tudo); todo impulso a fazer o bem é dom da piedade (desejos bons; de verdade; de propósitos; de projetos e idéias boas; de impulsos e de vontades...)
- o espírito do Temor de Deus, que não é apenas medo de ser castigado, temor de ofender (cometer pecado): isso nem se discute. Deus é também juiz justo e nada lhe escapa: por isso ele prêmia e castiga com justiça. Este dom do Espírito Santo é sobretudo, embora fazendo o bem, temor de não agradar suficientemente a Deus, temor de não fazer o melhor, o perfeito, para agradar ao Pai. Alguém, na vida religiosa, chega até a fazer e emitir o “voto de perfeição” (raro, porque só o faz e pode fazer quem está já bem adiante na vida cristã e da perfeição; perigoso porque muito exigente e somente é aconselhável com a permissão do Padre espiritual). Numa palavra este dom do Espírito consiste no medo de não agradar na maneira melhor ao Pai.
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