É o que aconteceu no dia 26 de fevereiro desta ano de 2014 ao
“Precisei, no fim de fevereiro e até os meados de março deste ano, fazer uma viagem rápida à Itália para resolver uns assuntos em Roma, onde parei três dias e, em seguida, na minha terra natal, Norte da Itália, para visitar os parentes e, em particular, a minha irmã Ângela muito doente. Poucos dias, mas foram bem aproveitados.
No dia 26 de fevereiro, em Roma, eu estava com algumas horas sem compromissos e resolvi ir escutar a Catequese que o Papa Francisco, toda quarta-feira, faz aos fiéis na praça São Pedro. Naquele dia estavam presentes cerca de 50.000 pessoas. Depois da Catequese, há o uso de o Papa receber os bispos presentes para uma pequena e breve saudação.
Éramos mais ou menos 25 bispos presentes, a maioria de línguas estrangeiras. Por isso os cumprimentos foram muito rápidos. Quando foi a minha vez, o tempo foi mais longo, pois o Papa fale fluentemente o italiano. Me apresentei como bispo da Itália do Norte e trabalhando no Brasil, na região amazônica. Ele me saudou num dialeto da minha região, que é a mesma dos pais dele.
A esta altura pegou no meu braço direito e me demonstrou toda a estima que ele tem para com os moradores desta região difícil seja pelas distâncias, seja pela falta de comunicações, de seminários, de universidades e tão violentada pelo desmatamento e pelo “tráfico humano”. Grande estima para com os padres, os religiosos e religiosas e os missionários leigos quem trabalham na evangelização deste povo a ele tão querido.
Tive a impressão – para mim é certeza – que, enquanto falava comigo na praça São Pedro, para ele, não existia ninguém: só ele e eu escutando. É o estilo “Papa Francisco”. Agradeci a bondade e o interesse para com o meu povo.
Chegou o momento de concluir e ele, o Papa Francisco, pega na minha mão esquerda e a beija. Nunca vi, na minha vida, um Papa beijar a mão dum bispo.
Fiquei comovido. Obrigado”.
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