OBJETIVO GERAL

OBJETIVO GERAL: Criar e fortalecer comunidades eclesiais missionárias enraizadas na Palavra de Deus e nas realidades da diocese, tendo a missão como eixo fundamental.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

MISSA NA SELVA: PADRE NUNES ENTRE OS ÍNDIOS TEMBÉ E RIBEIRINHOS

Curupira não é um povoado como outros que conhecemos de um aglomerado de casas, mais uma região com diversas famílias no meio da floresta amazônica que vai até as margens do rio Gurupi, que divide Maranhão e Pará.  

Desde a década de 60, Curupira era um ponto de missas e de encontro para este povo que vive no meio da floresta e do rio Gurupi, mas com o passar do tempo a assistência destes pobres cristãos católicos foi diminuindo devido tantas dificuldades, sobretudo pastorais da igreja nas ultimas duas décadas. 
  
De uma forma inesperada, numa bela manha padre Nunes recebe uma visita de uma senhora de idade avançada pedindo uma missa na sua localidade, guando diz que é na referida localidade conhecida como Curupira surge uma dificuldade, pois ninguém conhece ou pelo menos sabe onde fica ou em que direção, nem mesmo o povo da prefeitura tem cadastrada a referida localidade. Segundo Dona Dedé, Curupira era um ponto de missa dos Padres Combonianos quando desciam o rio Gurupi celebrando missa e batizando uma vez no ano e que há 18 anos não houve mais missa na localidade.  

Marcada a referida Missa para o dia 5 de Setembro, Padre Nunes sai com sua equipe da cidade de Centro Novo na sexta feira dia 04 de carro até a vila de Chega Tudo, ali tem um grupo de pessoas lhe esperando para lhe levar de moto até a localidade. No percurso, de moto passamos por diversas regiões contemplando uma floresta devasta para dar espaço ao capim e em alguns lugares uma floresta nativa com todo o esplendor da floresta amazônica.  

No fim do dia chegamos na localidade, onde havia varias pessoas. E com o por do Sol foi chegando pessoas de diversas partes pelas veredas onde ninguém imaginava que morava alguém. E no rio Gurupi todos banhavam e com o chegar da noite os ribeirinhos também vinham pelo rio ao encontro religioso. Com o passar do tempo chega um barco de um grupo especial: eram os índios da etnia TEMBÉ que vinha encontrar Padre Nunes, que apesar de um desconhecido dos mesmos era tratado como um amigo de velha data, chamado de “parente” (como os índios tembé chamam os amigos próximos) ou de Paí (como chamam as autoridades religiosas, especialmente os padres).  

A noite houve o “sermão” com Padre Nunes, pois os índios pediram o batismo e de uma forma surpreendente todos lembravam velhas histórias dos padres missionários combonianos, especialmente Pe. Albino e Pe. Giovanni. 


Após um dia cansativa e uma noite bem animada todos foram dormi. Como não havia casa para tantas pessoas a maioria dormiu debaixo das árvores ali mesmo.

Ainda na madrugada todos estavam de pé e bem animados, os foguetes ecoavam nas margens do rio gurupi; pela manhã houve a missa bem animada e todos estavam felizes, pois muitos  jovens e crianças nunca tinham visto um padre ou participado de uma missa. Desta forma, rompeu-se dezoito (18) anos sem missa e sem presença da igreja e o evangelho era anunciado a todos os povos. 



 Informações: Pe. Elinaldo Nunes

Nenhum comentário:

Postar um comentário