A Comunidade Paroquial da Catedral de Santo Antônio, tendo celebrado a Paixão de Cristo nesta tarde de Sexta-feira Santa, permaneceu junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e Morte, como “Maria Madalena e a outra Maria estavam sentadas em frente ao sepulcro, olhando o lugar em que o corpo do Senhor tinha sido depositado” (Lc 23,55). Os fiéis saíram da Catedral em procissão com a imagem do Senhor Morto e seguiram em cortejo fúnebre até a Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, onde diante da imagem do Senhor Morto, rezaram o Terço da Misericórdia.
Com o altar desnudado, as imagens cobertas, a Comunidade permaneceu contrita, em atitude penitencial, durante toda a Cerimônia, que foi concluída com o ato de cada fiel tocar na imagem do Senhor Morto, fazer o sinal da cruz e sair do templo em silêncio.
Elevando as almas em oração, na manhã do Sábado Santo, os fiéis retornaram à Capela de Nossa Senhora de Guadalupe e rezaram o Ofício das Trevas. Neste Ofício, oportunamente os fiéis puderam refletir que mesmo que tudo esteja em silêncio, Cristo age. Meditou-se que no sábado Jesus desceu à mansão dos mortos, nas profundezas do reino da morte, para salvar o homem e levá-lo consigo para o céu, onde nos precede e onde nos espera de braços abertos. Lá, encontrou Adão, o primeiro homem – que simboliza toda a humanidade –, o sacode, o desperta e lhe dá o anúncio da salvação do qual ninguém está excluído, colocando de fato uma ponte entre o sepulcro e o Reino de Deus.
Concluindo o Ofício das Trevas, cada fiel se apresentou diante da imagem do Senhor Morto, beijou uma chaga de Cristo, pediu perdão por cada pecado que causou tamanha dor ao Senhor e voltou novamente em silêncio para casa, tendo a certeza que com Sua morte, Cristo vence a morte.
Texto por : Pe. Pedro Silva Lira
Imagens por: Kessia Karoline e Iraldo
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