Povo de Deus, caros diáconos, quando pensei uma narrativa para despedida dos missionário, reportei-me ao apóstolo Paulo, em discurso aos presbíteros, Atos dos Apóstolos 20, 17-38; viajar...Maranhão...” sem saber o que de fato iria acontecer ...” Sem dúvidas, sem medo de sonhar, chegaram para testemunhar o Evangelho que cura, salva, liberta e transforma vida.
Cândido Mendes é terra missionária, terra de desobrigas, para ir e vir, tudo é muito longe e difícil para chegar. Enfrentando os dilemas aqui chegaram Jesuítas no Século XVI, os Capuchinhos Franciscanos no século XIX, padres italianos missionários do Sagrado Coração de Jesus, iniciando a vida pastoral, continuado com padres italianos, Fidei Donum e semeado a fruto vocacional, hoje forma o clero diocesano natural.
Diáconos Welder Rangel e Geovane Lucas, que incardinado na diocese de Ourinho em São Paulo, região de limite entre sul e sudeste do Brasil, foram enviados em missão...até o outro lado...região da costa oceânicas, banhado pelo Atlântico, litoral da Diocese de Zé Doca. Sendo tão longe assim, vale perguntar: Quais lições obtiveram? Que mensagem deixaram?
Pois bem, que ocasião preparada por Deus, quinta feira eucarística e festa da Santa Cruz, que vai relembrar as dores humanas, momento de silencio, com referência a quem é enviado aos desconhecido, aonde coaduna medo, dúvidas, angústias, tristeza e saudades dos tempos de outrora. Assim partiram em viagem, de avião, de carro, chegaram até ...” os confins do mundo” para cumprir o mandato, ide e anunciai.
Caros diáconos, este lugar é do povo de Deus, espaço de hospitalidade, família simples, pescadores, lavradores, quilombolas, servidores públicos, autônomos. Experiência de comer peixe da água salgada, beber açaí sem acompanhamento de açúcar, leite e granola, pupunha, café com farinha, neste tempo quente, úmido, sem ar condicionado, atravessar rio de barco com motor de rabeta, sem ter aonde se assegurar, caminhar longas horas no sol das tarde, calos aos pés, assaduras; experiências diferenciadas, sempre regada a muito poeiras no rosto.
A experiência missionária é sem dúvida esplêndida, oportunidade única para sentir, entender e viver o ensinamento do magistério do Papa Francisco, “... ir as periferias existenciais e geográficas aonde estão as pessoas”.
Tenham nossa gratidão pelas homilias, visitas pastorais, encontros e tantos outros espaços que em que se pode saborear do discernimento do Espírito Santo, se fez animar vidas, tocar corações e promover conversões.
Chegou o momento de voltar para casa, assim queremos como comunidade, que período de experiência pastoral tenha ajudado e entender a base missionária que inspirou Santo Inácio, fazendo “tudo para a maior glória de Deus”; experimentar a cultura do profetismo e de cuidado com realidades interiores das pessoas com São Joao Batista e São João Maria Vianney; a vida a dimensão da determinação e entrega a Deus, a exemplo de Nossa Senhora de Nazaré e São José.
Levem para a vida e ministério sacerdotal três conselhos: “ ter vida de gratidão”, “sentir a sede Deus, como as pessoas mais fragilizadas sentem”, “poder solidarizar-se com os que sofrem”.
Agradecemos aos nossos bispos, Dom João Kot e Dom Eduardo, pelo zelo e cuidado com seu povo, assim como a oportunidade de ser a paróquia para acolher a missionários. Reforçamos o convite para nos visitar no centenário do Círio de Nazaré na Vila de Estandarte, ano 2028, para descansar e rever o povo acolhedor.
Deus na sua infinita misericórdia abençoe nossas vidas. Amém!
Sair de casa nunca foi fácil, se não sabemos para onde ir. Tudo é novo, duvidoso, receios, mas, quando se trata da missão religiosa e evangélica, aí a bravura nos encoraja, pois sabemos aquém servimos...daí, o resto é Deus que cuida.
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